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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Paradoxo do Nosso Tempo



Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
 
texto de George Carlin
Foi  humorista, ator e autor norte-americano, pioneiro no humor de crítica social.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ !!!


Dr. Ernesto Artur - Cardiologista

Estes conselhos 'amigos-da-onça' pode  servir de alerta para as pessoas, pois muitos  adotam esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo.  As necessidades pessoais e familiares são secundárias.


2 Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.


3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.


4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.


6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes..


7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.


8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado.. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.


10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.


11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.


12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si:

Eu não perco tempo com bobagens.
Duvido que voce não tenha um belo infarto se seguir os conselhos acima!!!



IMPORTANTE:


OS ATAQUES DE CORAÇÃO


Uma nota importante sobre os ataques cardíacos..
Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo(direito). Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.


Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram... Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.

Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se  numa cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro.. NÃO SE DEITE !!!!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

QUEM ADOECE PRIMEIRO: O CORPO OU A ALMA?


          
                                                                                                             
Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética. 10 de março de 2009.                                                               
                                                                                                                           
Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma . Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.                                 
                                                                           
                                         
A Saúde e as Emoções                                                 
                                                                           
Há emoções prejudiciais à saúde?  Quais são as que mais nos prejudicam?                                  
 
70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas.  O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as 
glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.                                                                   
                                                                           
Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?                 
 
De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus limites, não vás além.    Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.       
                                                                           
Como é que a raiva nos afeta?                                    
 
A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade, ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.                                          
                                                                           
Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?      
                                                                           
A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma  outra. Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.                                                          
 
A alegria acalma os ânimos?                                         
 
Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que cheguem ao mundo da mente.                   
 
E a tristeza?                                                           
 
A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar. A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.  Tornamo-las negativas quando as reprimimos.                   
                                                                                                                                                     
Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?                                                                           
 
Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração. Que difícil!  Sim, é muito difícil. Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência. Construtivo ou destrutivo. Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.                         
 
Como prevenir a enfermidade?                                      
 
Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde. E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.                                                     
   
E se aparecer a doença?                                  
                                                                           
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos explicar isso para aqueles que crêem que adoecer é fracassar. O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida.  Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade.  A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro. 
 
Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior.  Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.   
                                                                           
Então, o que podemos fazer para nos libertar dessa angústia?             
                                                                           
                                                                           
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe azul fora. Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no “deveria ser”, e não somos nem uma coisa nem outra. 
                                         O estresse é outro dos males de nossa época.
O estresse vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar. E realmente só podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja,quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém. O estresse destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um bom estresse é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.                                                     
                                                                           
O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?         
                                                                           
                                                                           
A solidão.  Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso.  Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é acender o altar interior, o ser interior. Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar,  porque na pausa habita o potencial da alma.                                                                         
                                                                           
O que é para você a felicidade?                                         
                                                                         
É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Encarnamos para sermos felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência. Viver o Presente. 
 
É importante viver no presente? Como conseguir?                                                         
                                                                           
Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter. Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade.  E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.         
 
Em sua opinião, estamos tão confusos assim? 
                                                                         
Temos três ilusões enormes que nos confundem. Primeiro cremos que somos um corpo e não uma alma , quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte. Segundo, cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência. Prazer e felicidade não são o mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer. A terceira ilusão é o poder; cremos ter o poder infinito de viver.
 
E do que realmente necessitamos para viver? Será de amor, por acaso?                                                 
                           
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo.
 No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo.
 No amor não há usurpação, não há deslocamento, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas porque vives o amor,  cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia.
 
Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco. Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama. Há uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego.
 O que habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão.
 É uma muleta para apoiar-se em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a um amor. Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando o acende ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queimas o dedo. Há amores que são assim, puras chispa. Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está seca, produz fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.                              
 
Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?           
 
Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não, vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás te apegando, estás  condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.     
                                                             

terça-feira, 16 de novembro de 2010

UM POUCO DE CLARICE...

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Como prevenir a violência doméstica em crianças


Com a constante atualização do social, encontramos a atualização de uma violência que não para com as nossas crianças. Infelizmente encontramos pais que por motivos de descontrole ou dificuldade de identificar seus próprios sentimentos acabam por descontar nos pequenos.
veja abaixo alguns dos principais motivos de descontrole e procure evitá-los em seu dia a dia

- Dificuldades cotidianas;
- Pobreza;
- Separação do casal;
- Crises financeiras;
- Características individuais (
temperamento difícil, retardo mental, hiperatividade, entre outros);
- Influências familiares;
- Aspectos sociais e culturais.
Não há uma única causa, assim como não há solução única.


Tipos de Violência Contra Crianças e Adolescentes (Gonçalves, 2005; OMS, 2002)

Violência FísicaAtos violentos com o uso da força física de forma intencional - não acidental - provocada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas.

Negligência
Omissão dos pais ou responsáveis quando deixam de prover as necessidades básicas para o desenvolvimento físico, emocional e social da criança e do adolescente.

Psicológica
Rejeição, privação, depreciaç ão, discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, punições humilhantes, utilização da criança e adolescentes para atender às necessidades dos adultos.

Sexual
Toda a ação que envolve ou não o contato físico, não apresentando necessariamente sinal corporal visível. Pode ocorrer a estimulação sexual sob a forma de práticas eróticas e sexuais (violência física, ameaças, indução, voyerismo, exibicionismo, produção de fotos e exploração sexual).


Quais os possíveis efeitos da violência contra crianças e adolescentes?

- Hiperatividade ou retraimento;
- Baixa auto-estima, dificuldades de relacionamento;
- Agressividade (ciclo de violência);
- Fobia, reações de medo, vergonha, culpa;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Transtornos afetivos;
- Distorção da imagem corporal;
- Enurese e/ou encoprese;
- Amadurecimento sexual precoce, masturbação compulsiva;
- Tentativa de suicídio, e outros...


Quem protege a criança e o adolescente?

O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal 8.069/90) que dispõe: "Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais".


Como notificar os casos de violência contra crianças e adolescentes?

- Conselho Tutelar
- Secretaria Municipal de Saúde
- Promotoria Infância e Juventude
- Delegacia da Infância e Juventude
- Defensoria Pública

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Que é fazer aniversário?


Feliz aniversário,  Um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada ano. Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias. Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes. Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus. É ser grato, reconhecido, forte, destemido. É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo.
por : Paulo Gracindo fonseca

sábado, 17 de julho de 2010

PESSOAS SÃO COMO ELOS


Elos que se entrelaçam pela força do destino.
Elos que se definem pelo livre arbítrio.
Pessoas formam histórias...
Histórias de vida com rumos nem sempre destinados.
A nossa vida é compartilhada com pessoas que amamos, pessoas que não gostamos, pessoas especiais ou insignificantes.
A nossa história é formada por pessoas!
Muitas delas ficam apenas um pouquinho conosco. Outras  bagunçam tudo e somem.
Outras uma eternidade de tempo físico...
Outras uma eternidade de tempo imortal...
Algumas ficam conosco mesmo depois que o elo físico se rompa.
São relações eternas de amor!
Esses elos fundamentam o nosso alicerce de vida.
Tem pessoas que vão e ficam ao mesmo tempo.
São pessoas que jamais nos deixam sós, pelo simples fato de morarem dentro de nós.
Essas são elos inquebráveis.
Elos de amizade.
Elos de amor.
Elos de carinho.
Elos virtuais.mas tão reais.
Elos que nos marcam profundamente!
E assim é a corrente da vida!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Depressão pode dobrar risco de demência, segundo estudo publicado no periódico Neurology

 Estudo com dezessete anos de seguimento, publicado no periódico Neurology, analisou a presença de sintomas1 depressivos e o risco de demência2 em participantes do estudo Framingham Heart Study. Os resultados mostram que a depressão está associada a um aumento no risco de demência2 e doença de Alzheimer3.

A depressão pode estar associada com o aumento no risco de demência2, embora o resultado de outras análises populacionais seja inconsistente. No presente estudo foi avaliada a associação entre sintomas1 depressivos e a incidência4 de demência2 durante dezessete anos de acompanhamento de 949 participantes do Framingham Heart Study (63,6% mulheres com idade média de 79 anos). O diagnóstico5 de depressão, presente em 13,2% da amostra, foi realizado no ponto de corte 16 da “Escala de rastreamento populacional para depressão” (CES-D) desenvolvida pelo National Institute of Mental Health.
Durante o seguimento, 164 participantes desenvolveram demência2. Destes, 136 casos eram casos de doença de Alzheimer3. Um total de 21,6% dos participantes deprimidos no início do estudo desenvolveu demência2, em comparação a 16,6% daqueles não deprimidos. Os indivíduos deprimidos tinham um risco 50% maior de desenvolver demência2 e doença de Alzheimer3. Os resultados eram semelhantes quando participantes em uso de antidepressivos para tratar a depressão eram incluídos nas análises. Para cada aumento de 10 pontos no ponto de corte da CES-D, o risco para demência2 e doença de Alzheimer3 aumentava significativamente.

Concluiu-se que a depressão pode ser um fator de risco6 para demência2, que o uso de antidepressivos não diminui este risco e que as pessoas com risco aumentado para depressão devem ser encorajadas a ter atitudes que possam ajudar na prevenção desta condição.

Fonte: Neurology, volume 75, de 6 de julho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010







1 A MURALHA: barreira, muro grande, algo intransponível...
A grande muralha que o DQ cria é psicológica - psiché [alma], nos sentimento [emoções, afetos] mental, intelectual, racional. As conseqüências é que vai crescendo a muralha psicológica que separa a REALIDADE [dependência química] da FANTASIA = ILUSÃO [ex. mecanismos defesa] sustentada pelo alicerce do ORGULHO [ex. vergonha/medo/ raiva etc.]
O primeiro passo é conhecer os mecanismos de NEGAÇÃO [parar de negar a vida de DQ]
O segundo passo é começar a pôr dentro a sua ACEITAÇÃO [aceita a ação]
ACEITAÇÃO - aceitar a realidade [o que se sente] e os retornos [o que se escuta], por para
dentro e não jogar fora; vou ter negação ou não, vou ter raiva ou não, barganha pode haver ou
não, vou sentir indiferença ou não, vou fazer a reflexão, nesse ponto posso ter aceitação da
realidade sentida e/ou retornos ouvidos, e não aceitação é que o não me serviu eu jogo fora.
2 MECANISMOS DE DEFESA
2-1 fantasia
- negação uso pouco, uso da natureza, só maconha, só álcool, não uso mais, vou parar.
- minimização diminuir o uso, só no final de semana, um copinho, uma dose, uma caipirinha.
- maximização aumento dos problemas com o uso da droga [baixa auto-estima e autopiedade].
- manipulação mentira, chantagem com motivo [usa o sentimento do outro para alcançar um objetivo ou aprovação: o uso/compra da droga].
-justificativa é a 3a fase do uso da droga, pôr ir mal no emprego: bebe, briga com a esposa bebe.
- atenção ou memória seletiva autocentrada registra somente o que interessa a si; o processo de centralizar num só assunto, pôr exemplo de 1.000 DQ em recuperação um volta a beber sem problemas, e eu penso/ajo "sou um desses 1.000".
Intelectualização e racionalização usam de todos artifícios mentais para esconder a drogadição, usa de raciocínio lógico.
- projeção cobrir de culpa o próximo.
-autopiedade não nega beber.
-desfocalização deslocar o assunto da sua dependência/outros sentimentos/fatos/pessoas.
2-2 mecanismos de defesa:
A - a realidade é rejeitada [relativo a comportamento]
A.1 - isolamento social
Tendência a voltar-se para si mesmos, evitando todo tipo de confronto da realidade, é uma forma de fuga dos próprios sentimentos. Exprime-se como falta de iniciativa, incerteza sobre o seu próprio desempenho falta de planificação, dedicação às coisas de rotina para fugir do novo EU de mudanças.
A.2 - agressividade [ver como pedido de ajuda]
Trata-se de curto-circuito entre o estímulo e a ação. São ações impulsivas, as cabeças, os atos autodestrutivos, as rebeliões provocativas, os desatinos obstinados. Podendo ser vista por dois ângulos
1- Com esse ato, a pessoa inconscientemente procura remover de si, toda consideração da realidade, sem planificação, ou seja, sem pensar "no que devo" ou "no que quero" fazer.
2- É o modo de admitir a própria dependência, e em um nível mais profundo, "é o medo da perda do EU", do papel que se está vivendo.
A.3 - prepotência
É um pedido disfarçado. Um tipo de agressividade que trás embutido uma tensão a ser descarregada devido à presença de uma mensagem, mas que é por ele mesmo recusada. Essa mensagem pode ser vista como pedido de ajuda nas áreas de afeto, saúde física e mental, profissional, desejos e de relacionamentos.
A.4 - desafio
É uma reação de alguém que se sente ameaçado por alguma coisa ou pessoa, para assumir imaginariamente as suas qualidades, no caso o desafio. Sentindo-se um desafiador, reduz ou elimina o medo de continuar vivendo o seu papel, ou seja, de ver os supostos direitos agredidos.
A.5 - impulsividade
Consiste em assimilar transitoriamente uma pessoa real ou representar um papel da mesma, havendo uma identificação com ela a ponto de experimentar como feito a si, o que de fato é feito a essa pessoa. Este é um evidente comprometimento para a personalidade.
A.6 - intolerância
É um comportamento que claramente a intransigência, que pode retratar uma austeridade de cará
ter contrário aos princípios de liberdade. É uma recusa à convivência com credos e a prática de costumes diferentes de seus próprios, esta rejeição tem uma ligação às coisas que não posso modificar.
A.7 - projeção
É um comportamento contra os perigos que vem de fora, mas se o perigo vem de dentro, sua própria energia é colocada em crise: projetando, o perigo é transferido ou exteriorizado, sendo dessa forma "eliminado".
Pode ser vista de duas maneiras:
1-Transferindo o mal estar pelo qual está passando para o outro, exemplo "Não sou eu que estou nervoso, é você que não está bem".
2-Atribui aos outros, os motivos que explicariam as próprias perturbações, exemplo "Eu estou nervoso, mas foi você quem me fez ficar nervoso".
A.8 - negação
Consiste em criar bloqueios de certas percepções de mundo externo, ou seja, inconscientemente nega situações intoleráveis de uma realidade externa, para proteger-se de um sofrimento. Assim a criança fecha os olhos e acredita que não é vista pelos outros. O dependente químico num processo de autodestruição nega a sua realidade. Da mesma forma que o familiar do dependente nega o seu envolvimento, ou mesmo, a sua auto-anulação.
A.9 - fixação ou regressão
É um mecanismo de defesa que protege a pessoa do medo da destruição pelo confronto pessoal com as dificuldades de sua situação real, o que ao mesmo tempo, lhe impede de crescer e de amadurecer. Um eterno vir-a-ser. Um eterno anular-se, não buscando atingir metas criadas, que pode riam ser atingidas.
A.10 - negligenciar o presente
Através deste mecanismo, um impulso ou sentimento é inconscientemente deslocado de um objeto ou pessoa original para outro substituto. Através deste comportamento, o indivíduo é protegido do sofrimento que resultaria da consciência da real origem de um problema. Seus efeitos podem vir à tona, mas o motivo original é disfarçado, ou seja, não é reconhecido.
1-O familiar passa a reprimir ou hostilizar os companheiros do seu dependente, como forma de uma transferência de seus impulsos agressivos e os temores originalmente dirigidos aos pais, esposa [o] ou filhos do dependente.
2-O dependente químico passa a culpar ou hostilizar seus familiares, a empresa, sociedade, como forma de não querer reconhecer que seus impulsos agressivos e seus temores se originam da maneira abusiva de usar o álcool ou a droga.
B - a realidade é transformada [imaturidade relativo à imagem.
B.1 - onipotência
São fantasias e comportamentos que traduzem uma pretensão de poder absoluto. Tendência à grandiosidade, desejo doentio de possuir objetos a serviço do seu EU, convicção inconsciente de ter direito de receber honras e reverências, pretensão de ser perfeito e de ser tratado como alguém privilegiado, especial. Deprecia tudo aquilo que ofusca a própria segurança. No fundo há um sentimento de insegurança, inferioridade e ausência de capacidade de amar em seus confrontos ou relacionamentos.
B.2 justificar
Quando a pessoa não consegue realizar o que pretende ou quando se sente ameaçada por algo de fora dela. Justificando, busca identificar-se com esta imagem. Satisfaz inconscientemente o imperioso desejo narcisista de "ser como", mas para tanto justifica todas as suas atitudes. Tendo sempre sua vida nas mãos das outras pessoas.
B.3 - auto- agressividade
Consiste em simplesmente excluir da consciência os impulsos perigosos ao "EU". O processo funciona como o esquecimento, podendo-se chegar a não se dar conta de certas realidades que o cerca ou de seu próprio "EU" [despersonalização]. Existe neste mecanismo a cegueira psíquica, a paralisia psíquica, gerando uma raiva por si mesmo.
B.4 - fantasia
É um conjunto de idéias ou imagens mentais que procuram resolver os conflitos emocionais, através da satisfação imaginária dos impulsos. Este mecanismo reveste-se de um caráter doentio quando tende a impedir continuamente a resolução dos conflitos, a satisfação real dos impulsos vitais e o contato com realidade.
B.5 - compensação
É o processo pelo qual um impulso é modificado de forma a ser expresso de conformidade com as demandas do meio. Este processo inconsciente é considerado sempre com uma função normal do "EU normal. Embora o impulso original não seja consciente, não existe a repressão, pois ao deparar com a rejeição pela consciência, o impulso é desviado para canais aceitos.
B.6 - transferência ou sublimação
C - a realidade é reinterpretada neuroticamente
C.1 - formação reativa
A pessoa pensa sente e faz o contrário, do que instintivamente pensaria, sentiria ou faria. É também chamada transformação no contrário. É expressar um pensamento, afeto ou comportamento que na forma ou direção manifestada, são diretamente contrárias ao impulso inaceitável que está por de trás do tipo de conduta. Esta defesa se reconhece pelo excesso. Exemplo - Esconder o medo com atitudes temerárias; insistir exageradamente sobre algum hábito ou uso indevido de álcool ou outras drogas, mais pela ansiedade, que por amor à verdade e ao bem
C.2 - introjeção/isolamento
É um processo psíquico mediante o qual o indivíduo se isola da carga emotiva ligada a um acontecimento qualquer, permanecendo emocionalmente frio. A emoção retida, geralmente acaba por se expressar mais tarde de modo imprevisto, com efeito, totalmente desproporcional à respectiva causa aparente, seja ela por explosão de cólera, de choro ou por um ato sexual aparentemente inexplicável.
C.3 - racionalização
É um mecanismo mental empregado pelo "EU" para justificar. É como uma desculpa apresentada para explicar uma atitude ou um comportamento social ou pessoalmente pouco aceitável. Exemplo - Atribuir a irritabilidade ao calor, atribuir o seu mal estar ao marido, esposa, filho, patrão. O atraso a um encontro pouco desejável, ao trânsito, quando na realidade não se quisesse este encontro. Não busca a verdade, mas a autodefesa, pelo que a idéia é levada adiante com rigidez e intolerância. Quem usa a racionalização termina ele mesmo por acreditar nas desculpas que apresenta.
C.4 - repressão ou recalque
É um processo automático que mantém fora da consciência, impulsos, idéias ou sentimentos inaceitáveis os quais não podem tornar-se conscientes através da evocação. É um mecanismo de defesa básico e percebe a maioria dos outros, funciona como reforços, quando a repressão é incompleta.
C.5 - intelectualização
É o uso defensivo da razão, menos elaborado. Consiste em evitar o problema prático, enfrentando-o a nível teórico. Controlam-se os afetos e os impulsos com a reflexão abstrata mais que se refazendo na experiência. É um excesso de pensamento, privado do componente afetivo.
D - a realidade é aceita [mecanismos protetores de controle] supressão, antecipação, humorismo.

O AMOR QUE PODE SER DEMAIS E A CO-DEPENDÊNCIA

As Pessoas que Sofrem
Como esses transtornos psíquicos, muitos outros podem comprometer a felicidade e a qualidade da vida de relação. O sofrimento é significativamente aumentado pela consciência que tem a pessoa que sofre de seu problema, ou seja, ela sabe que não deveria estar amando a pessoa problemática, mas, ao mesmo tempo, não consegue deixá-la, ou deixar de amá-la.
Diante da impotência de deixar quem a faz sofrer, a pessoa recorre a alguns mecanismos de defesa do Ego, principalmente a negação, onde o problema é sistematicamente negado. Ou ainda à racionalização, onde passa a argumentar que a pessoa irá, sem dúvida, melhorar com o amor e carinho que recebe, que fora os momentos de crise a pessoa é ótima, etc. No fundo essa pessoa sofredora sabe que nenhum dos dois mecanismos de defesa são verdadeiros, mas alivia a sensação de culpa ou impotência acreditar neles.
Em muitos casos, quem vive com a pessoa portadora de Amor Patológico ou outro transtorno capaz de produzir sofrimento e não consegue desvencilhar-se desse relacionamento, é também portadora de alguma dificuldade emocional. Trata-se da chamada Codependência 

Codependência é um transtorno emocional definido e relacionada aos familiares dos dependentes químicos, alcoolistas e mesmo com transtornos de jogo patológico ou outros problemas sérios da personalidade.
Codependentes são pessoas que vivem em função da pessoa problemática, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão interagindo com a pessoa problemática. As pessoas codependentes têm baixa auto-estima, intensos sentimentos de culpa e não conseguem se desvencilhar do relacionamento complicado.
O que parece ficar claro é que pessoas codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. Essa atitude patológica costuma acometer mães (e pais), esposas (e maridos) e namoradas(os) de portadores de Amor Patológico, Alcoolistas, Dependentes Químicos, Jogadores Compulsivos, alguns Sociopatas, etc.
O Amor Patológico, por sua vez, é predominante em mulheres e se caracteriza pela excessiva desconfiança e possessividade, em geral decorrentes de baixa auto-estima.
Homens ou Mulheres sofrem mais de Amor Patológico?
Talvez o Amor Patológico seja particularmente mais prevalente na população feminina porque as queixas são mais referidas pelas mulheres. As mulheres são mais sinceras em queixarem “que sofrem com o problema”, que são “obcecadas" ou "viciadas" pelo parceiro, ou que deixam de viver a própria vida para "viver pelo outro". Além disso, as mulheres costumam dar maior ênfase aos comportamentos amorosos, tais como as atividades mútuas, as ocasiões especiais, presentes, abnegação e sacrifícios pelo relacionamento.
Atualmente existem grupos de auto-ajuda trabalhando nesse tema, como é o caso do site Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA), basicamente excluindo quaisquer participações masculinas.
A proposta desse grupo MADA, baseada em livro do mesmo nome, é a recuperação para mulheres que têm como objetivo primordial se recuperar da dependência de relacionamentos escravizantes, destrutivos, aprendendo a se relacionar de forma saudável consigo mesma e com os outros.
O grupo MADA através de seu site transcreve aquilo que pode ser considerado as Características de Uma Mulher que Ama Demais. Em nosso caso, poderia ser aplicado aos portadores do Amor Patológico.
Segundo Robin Norwood, o grupo MADA recomenda algumas características da mulher que ama demais:
1. Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas.
2. Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com homens aparentemente carentes.
3. Como não pode transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e afetuosas de que precisava, reage fortemente ao tipo de homem familiar, porém inacessível, o qual tenta, transformar através de seu amor.
4. Com medo de ser abandonada, faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.
5. Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for para "ajudar" o homem com quem esta envolvida.
6. Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.
7. Está disposta a arcar com mais de 50% da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.
8. Sua auto-estima está criticamente baixa, e no fundo não acredita que mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de desfrutar a vida.
9. Como experimentou pouca segurança na infância, tem uma necessidade desesperadora de controlar seus homens e seus relacionamentos. Mascara seus esforços para controlar pessoas e situações, mostrando-se "prestativa".
10. Esta muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação.
11. Tem tendência psicológica, e com freqüência, bioquímica a se tornar dependente de drogas, álcool e/ou certos tipos de alimento, principalmente doces.
12. Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente, evita concentrar a responsabilidade em si própria.
13. Tende a ter momentos de depressão, e tenta preveni-los através da agitação criada por um relacionamento instável.
14. Não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens "agradáveis" são enfadonhos.


para referir:
Ballone GJ - Complicações do Amor, in. PsiqWeb, Internet - disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2007

DIFERENÇAS ENTE AMOR PATOLÓGICO, TRANSTORNO PERSONALIDADE, TRANSTORNOS DE CONTROLE DO IMPULSO E TRASNT. AFETIVOS

Algumas vezes circunstâncias patológicas podem causar sofrimento no amor, circunstâncias adversas em um dos amantes tornam o relacionamento muito problemático. 
Entre essas alterações temos, por exemplo, O Amor Patológico, os Transtornos de Personalidade, Transtornos no Controle dos Impulsos, Transtornos Afetivos, etc. Vejamos cada um deles:



1. - Amor   Patológico                                                                                                                                                                                                                                          


Embora se reconheça absolutamente a existência do Amor Patológico, sua caracterização clínica é ainda um pouco imprecisa. Havendo associação do Amor Patológico com algum transtorno psiquiátrico, a gravidade e manutenção deste alimentaria esses relacionamentos tensos e conturbados.
  É fenômeno decorrente de transtornos ansiosos e depressivos incidindo sobre personalidades específicas. Assim, em determinadas personalidades, diante de um eventual estado de estresse , predispondo a pessoa a extrema ansiedade, angústia, insegurança (entre outros fenômenos mais patológicos) favorecendo o surgimento do Amor Patológico.
Como acontece com o dependente químico, que se adere à "droga de escolha" para alívio da angústia, ansiedade, inibição psíquica, busca do prazer, o portador de Amor Patológico acredita que conseguirá tudo isso através do lenitivo proporcionado pelo “parceiro de escolha”                                                                                                                                                              

No início do sentimento amoroso, ocorre sempre uma agradável sensação de bem estar. Mesmo que a pessoa tenha depressão, a paixão exerce um efeito estimulante capaz de proporcionar alívio da angústia e dos sintomas depressivos.                                                                                                                                                                                                                                                                   O parceiro amado traria sensação de bem estar e alívio da angústia.
E de fato, parece não ser mesmo o sentimento de amor o causador dos malefícios do Amor Patológico, mas sim o medo da pessoa ficar só, o temor de vir a ser abandonada, de não ser valorizada. Isso tudo é que origina a falta de liberdade em relação às próprias condutas, o grande desconforto emocional e submissão obsessiva da pessoa portadora de Amor Patológico.
Portanto, em termos psicológicos parece que o “defeito” da patologia do amor não é o amor em si, propriamente dito, aquele amor “da atenção, carinho, zelo e cuidados em relação à pessoa amada”, citado acima. O Amor Patológico, por sua vez, parece ser descendente direto do medo, do medo egoísta de ficar só, do medo de alguém mais merecedor conquistar a pessoa amada, medo de não ter seu valor reconhecido como gostaria, de não estar recebendo o amor que acha merecido, de vir a ser abandonado (Moss, 1995).                                                                                                                                                                                                                                                                     Seria, portanto, muito mais um defeito do caráter de quem “acha” que ama demais, do que do sentimento amor.
De modo geral, o aspecto central no Amor Patológico é o comportamento repetitivo e sem controle de prestar cuidados e atenção (desmedidos ou não) ao objeto amado com a intenção de receber o seu afeto e evitar a perda. Para o diagnóstico é importante que essa atitude “zelosa” excessiva seja mantida mesmo diante de evidências concretas de que está sendo prejudicial para alguém.
Na realidade, parece que a alteração principal é no Ego do próprio paciente (invariavelmente inflado), que experimenta um pavor de sofrer a perda da pessoa amada, um medo gigantesco de não ser correspondido, um sentimento apavorante de ser traído, enfim, parece que a própria pessoa amada é apenas coadjuvante no relacionamento.
Classificação do Amor Patológico
  Asintomatologia do Amor Patológico é o comportamento caracteristicamente repetitivo e sem controle, obsessivamente dirigido à prestação de cuidados e atenção sufocante à pessoa amada. Há sinais da carência de críticas sobre o comportamento obcecado, notadamente quando essa atitude excessiva é mantida mesmo depois das concretas evidências de estar sendo prejudicial para a sua própria vida, da pessoa amada e/ou para seus familiares.

Sophia, Tavares e Zilberman comparam os critérios para diagnóstico de dependência química com as características normalmente apresentadas pelos portadores de Amor Patológico, e constatam que pelo menos seis deles são comuns às duas patologias:
1) Sinais e sintomas de abstinência -quando o parceiro está distante (física ou emocionalmente) ou perante ameaça de abandono, podem ocorrer: insônia, taquicardia, tensão muscular, alternando períodos de letargia e intensa atividade.
2) O ato de cuidar do parceiro ocorre em maior quantidade do que o indivíduo gostaria -o indivíduo costuma se queixar de manifestar atenção ao parceiro com maior freqüência ou período mais longo do que pretendia de início.
3) Atitudes para reduzir ou controlar o comportamento patológico são mal-sucedidas -em geral, já ocorreram tentativas frustradas de diminuir ou interromper a atenção despendida ao companheiro.
4) É despendido muito tempo para controlar as atividades do parceiro -a maior parte da energia e do tempo do indivíduo são gastos com atitudes e pensamentos para manter o parceiro sob controle.
5) Abandono de interesses e atividades antes valorizadas - como o indivíduo passa a viver em função dos interesses do parceiro, as atividades propiciadoras da realização pessoal e profissional são deixadas, como cuidado com filhos, atividades profissionais, convívio com colegas. entre outras.
6) 0 Amor Patológico é mantido, apesar dos problemas pessoais e familiares -mesmo consciente dos danos advindos desse comportamento para sua qualidade de vida, persiste a queixa de não conseguir controlar tal conduta.
2. - Transtornos de Personalidade
Os Transtornos de Personalidade, notadamente do tipo Anti-social, Explosiva, Histérica, Paranóide e Personalidade Obsessiva-Compulsiva são condições que comprometem significativamente a qualidade do relacionamento, fazendo sofrer não apenas a pessoa portadora desses transtornos como, igualmente ou mais, a outra que não consegue deixar de amar.
Os Transtornos da Personalidade caracterizam pessoas que não têm uma maneira absolutamente normal de viver (do ponto de vista estatístico e comparando com a média das outras pessoas), mas não chegam a preencher os critérios para um transtorno mental franco. Estas alterações são permanentes, e constituem uma espécie de Ego Patológico.                                                                                                                                                                                                                                                     2.1 - Personalidade Anti-Social
. Aqui, entre outras características, o descaso pelos sentimentos alheios, a incapacidade de arrependimento e de correção das atitudes erradas, o envolvimento continuado em comportamentos anti-sociais e outros delitos, faz com que a pessoa que os ama sofra continuadamente. Sofrerá mais ainda se, por conta do amor, persistir acreditando que um dia essa pessoa melhorará.                                                                                                                                                
2.2 -Personalidade Explosiva, ou Transtorno Explosivo Intermitente
. Neste caso, a ocorrência de episódios de grande impulsividade, agressividade, ou mesmo de destruição de propriedades deformam o relacionamento amoroso. Nesse transtorno o grau de agressividade do episódio é amplamente desproporcional a qualquer provocação ou desencadeante, fazendo com que a pessoa que convive com o portador desse tipo de personalidade experimente muito medo e insegurança.                                                                                                                                                                                                                                  
2.3 - Personalidade Histérica
. No histérico, o traço prevalente e unanimemente reconhecido é o “histrionismo”. A palavra, que significa teatralidade,  O histrionismo do histérico é representado por seu caráter afetado, exagerado, exuberante, como se estivesse fingindo.
A representação do histérico varia de acordo com as expectativas da platéia. É um comportamento caracterizado por colorido dramático, extrovertido e eloqüente, com notável tendência em buscar contínua atenção. Como se deduz, a convivência amorosa com esse tipo de pessoa, altamente manipuladora, é extremamente cansativa e sofrível.                                                                                                                                                                       
2.4 - Personalidade Paranóide
. Pessoas com Transtorno da Personalidade Paranóide têm como característica um padrão de comportamento de desconfiança e suspeita constante em relação aos outros, de tal modo que atitudes sem intenções maldosas podem ser interpretadas como tal. As pessoas com esse transtorno supõem que os outros os exploram, prejudicam ou enganam, ainda que não exista qualquer evidência apoiando esta idéia.
Eles suspeitam, com base em poucas ou nenhuma evidência que os outros, incluindo a pessoa amada, estão conspirando contra eles e que poderão prejudicá-los subitamente, a qualquer momento e sem qualquer razão. Evidentemente não é necessário dizer como sofrem as pessoas que, infelizmente, deixaram que o amor surgisse por pessoas assim.                                                                                
2.5 - Personalidade Obsessiva-Compulsiva
. A Personalidade Obsessivo-Compulsiva faz com que a pessoa tenha uma preocupação exagerada com organização, perfeccionismo e controle das coisas. Elas tentam manter um sentimento de controle através da atenção exagerada a regras, detalhes triviais, procedimentos, listas, horários ou formalidades, busca de possíveis erros, chegando a perder a noção do que é, de fato, o ponto mais importante da atividade.
Estas pessoas não percebem que os outros tendem a ficar muito aborrecidos com as inconveniências que resultam de seu comportamento obsessivo. Quando extraviam uma lista de coisas a fazer, por exemplo, passam um período de tempo incomum procurando-a, ao invés de terem iniciativa de recriar a lista perdida. O grau de exigência dessas pessoas para com os outros, de sua intimidade, é muito alto, tão alto ao ponto de causarem grande sofrimento.                                                              
2.6 - Personalidade Borderline
O transtorno denominado Personalidade Borderline é uma das causas de sofrimento no relacionamento amoroso e deve ser diferenciado do Amor Patológico. O Transtorno de Personalidade Borderline é marcado pela instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos, além de ocorrer acentuada impulsividade, desde a infância.
O diferencial entre Amor Patológico e Transtorno de Personalidade Borderline é que este último apresenta alterações comportamentais sempre em várias situações ou em grande variedade de contextos. No portador de Amor Patológico, por sua vez, estes sintomas ocorrem apenas em relação ao companheiro mediante ameaça de ruptura do laço amoroso. O borderline não sabe e não suporta perdas, notadamente abandonos.
O grande diferencial entre as duas patologias é que o portador de Transtorno de Personalidade Borderline apresenta este quadro em uma variedade de contextos, ou seja, em relação à pessoa amada, havendo pois, normalidade psíquica nas demais áreas da atividade humana.
Transcrevendo nosso texto sobre Borderline, dizemos que “há pessoas, simpáticas e agradáveis aos outros, que se comportam de maneira totalmente diferente com as pessoas de sua intimidade. Para quem não lhes é íntimo, dão a impressão de pessoas compreensivas, carinhosas e muito simpáticas. Na intimidade, entretanto, são os grandes tiranos emocionais. São explosivas, agressivas, intolerantes, irritáveis, com tendência a manipular pessoas.... São pessoas com Transtorno Borderline da Personalidade”.
 
3. - Transtornos no Controle dos Impulsos
São vários os transtornos onde os impulsos não são controlados. Entre essas alterações destaca-se, especialmente, o Jogo Patológico, o Comportamento Sexual Compulsivo, a Dependência Química, o Trabalho Compulsivo (Workahollic), Compras Compulsivas. Enfim estes são quadros onde a atividade voluntária está seriamente comprometida. Não é necessário dizer das condições de sofrimento que comprometem a vida de quem ama pessoas com esses transtornos. 
4. - Delírio de Ciúme ou Ciúme Patológico
Outra situação clínica grave e que deve ser diferenciada do Amor Patológico é um  Ciúme e cuja  ocorre principalmente entre homens com alcoolismo crônico para os quais os eventos triviais são interpretados como provas da "veracidade" da deslealdade.
É difícil a distinção entre o Amor Patológico e o Delírio de Ciúme. Em ambos casos há medo da perda da outra pessoa ou do espaço afetivo ocupado na vida desta, além de correlação com auto-estima rebaixada, conseqüentemente, à sensação de insegurança. No entanto, diferentemente do Amor Patológico, o ciúme patológico aparece como uma preocupação infundada, irracional e irreal.  O delirante geralmente confronta seu cônjuge ou parceiro e tenta intervir na infidelidade imaginada, ora restringindo a autonomia do cônjuge ou parceiro, ora seguindo-o em segredo, investigando o amante imaginário ou agredindo o parceiro.                                                              
5. - Delírio Erotomaníaco
O delírio do Tipo Erotomania, também faz parte dos Transtornos Delirantes Persistentes, e se aplica quando o tema central do delírio diz respeito a ser amado por outra pessoa. O erotomaníaco está convencido que alguém, geralmente sem nenhum vínculo pessoal com o delirante e de posição superior, o ama.
Já no Amor Patológico ocorre uma oscilação entre certeza e incerteza de que o parceiro atual (e concreto) esteja amando-o. O delírio freqüentemente envolve um amor romântico e união espiritual idealizada, ao invés de atração sexual. A pessoa sobre a qual esta convicção delirante é dirigida geralmente está em uma posição social superior, como por exemplo, uma pessoa famosa, um superior no trabalho, algum artista, ator, político, etc.
Algumas das pessoas com o delírio Tipo Erotomaníaco, particularmente os homens, entram em conflito com a lei por causa de seus esforços no sentido de alcançar o objeto de seu delírio, ou seja, o assédio da pessoa que supostamente ama-os, ou as tentativas de “salvar” essas pessoas de algum perigo imaginário.                                                                                                                                      
6. – Transtornos Afetivos
Nesse caso temos os transtornos depressivos e os eufóricos (bipolares). Na depressão, quando aguda e bem definida (começou em uma época definida), a pessoa tem um comportamento apático, desinteressado e, por causa da baixa auto-estima, está sempre insatisfeita com as manifestações de amor que recebe. Considera sempre que não está sendo correspondida o tanto que gostaria, sofre (e faz sofrer) por acreditar que o fato do(a) outro(a) deixá-la ou substituí-la é apenas uma questão de tempo.
Nos casos onde a depressão é crônica e duradoura (Distimia), a característica principal é um constante mau humor, difícil de se conviver.
Na Euforia (contrário de depressão), também conhecida como Mania, a eloqüência, megalomania, desinibição social, agitação, insônia e todos os demais sintomas de expansão patológica do ego tornam a vida a dois insuportável. Resumindo, causa sofrimento amar pessoas cuja tonalidade afetiva proporciona depressão ou euforia.