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Orientação a pais sobre a educação dos filhos

Os Estilos de Comportamento dos Pais e Seus Efeitos Sobre o Desenvolvimento Social e da Personalidade da Criança.



Durante as décadas dos anos 50, 60 e 70 ocorrem várias investigações na psicologia (Coll e Palácios) que demonstraram que os pais diferem uns dos outros nas suas práticas educacionais.

Diferem em 4 dimensões fundamentais:

1- Grau de controle com a criança:

- Muito controle para influenciar o comportamento da criança com o fim de incutir certos padrões. Estratégias:

– Afirmação de poder (castigo físico, ameaça, privam de vantagens materiais);

- Retirada de afeto - Ignorar a criança após um mau comportamento, negar a fala da criança, negar-se a falar com ela ou escutá-la, manifestar sentimentos negativos;

- Indução - Obriga a criança a refletir sobre o porquê de sua ação, considerando as conseqüências vindo dela;

- O exercício do controle pode manifestar-se de forma: consistente - as normas são sempre as mesmas, ou inconsistente - uso arbitrário de poder – efeitos negativos no desenvolvimento com os filhos. A saber:

2 – Comunicação pai- filho:

- Pais altamente comunicativos - Utilizam o raciocínio para obter a conformidade da criança. Explica as razões das medidas restritivas ou punitivas. Costumam pedir opinião da criança e podem até mudar sua conduta em conseqüência do raciocínio da criança.

- Pais com baixo nível de comunicação – Não consultam as crianças na tomada de decisões que os afetam, não explicam as regras de comportamento impostas. São os que cedem ao choro e queixas das crianças, ou usam de distração ao invés de abordar o problema raciocinando diretamente com a criança.

2- Exigências de amadurecimento:

- Pais exigem altos níveis de amadurecimento de seus filhos - pressionam e estimulam a desempenhar o máximo de suas possibilidades nos aspectos social, intelectual e emocional, insistem que sejam autônomos e tomem decisões por si mesmo.

- Pais que não impõem desafios ou exigências - Costumam subestimar as competências da criança, acreditando que não será capaz de realizar determinada tarefa. Alguns pais consideram que o fato de serem pais não lhes dá o direito de realizarem estas intervenções supondo que “ o desenvolvimento da criança proporcionará a superação dos seus desafios.”


4- Afeto na relação:

- Pais afetuosos - São aqueles que expressam interesse e afeto explícito pela criança e por tudo que envolve seu bem estar físico e emocional. São sensíveis as necessidades de criança, demonstram interesse por desejos ou preocupações delas, expressando orgulho e alegria diante dos êxitos e comportamentos da criança. Desta forma, a criança encara de maneira diferente o exercício do controle paterno feito em um clima sem afeto e em outro onde há a presença de normas e regras no contexto de uma relação afetivamente calorosa.

→ Combinando estas 4 dimensões podemos diferenciar 3 tipos diferentes de pais. ( os que não se enquadram totalmente em um dos padrões, pois o comportamento é variado e menos estereotipado do que sugere a classificação).


O comportamento educacional dos pais assemelha-se um ou outro destes estilos principais.

1- Pais Autoritários: manifestam - Altos níveis de controle e de exigências de amadurecimentos;

- Baixos níveis de comunicação e afeto explícito.


→ Dedicam esforços para controlar, avaliar o comportamento e atitudes dos filhos de acordo com padrões rígidos preestabelecidos;

→ Insistem na obediência a sua autoridade;

→ Usam castigos e medidas disciplinares enérgicas;

→ Não facilitam o diálogo com seus filhos;

Os filhos de pais autoritários são:

→ Filhos são mais obedientes, ordeiros e pouco agressivos, mas costumam ser mais tímidos e pouco persistentes no momento de perseguir metas;

→ Como não recebem explicação das regras impostas, estas crianças tendem a ter uma pobre interiorização de valores morais, costumam ser mais orientados às gratificações ou castigos, que ao significado intrínseco do comportamento que são obrigados a executar;

→ Também manifestam poucas expressões de afeto nas interações com outras crianças, não costumam tomar iniciativas, são poucos espontâneos, podendo ter problemas para estabelecer estas relações;

→ Como não oferecem escolha ou alternativa à criança associa-se a um “lugar de controle “ externo (criança não percebe a si mesmo como responsável por seus êxitos e fracassos). Deixando a criança com baixa auto-estima e dependência. (não se sentem seguros, nem capazes para realizar atividades por si mesmos);

→ A falta de comunicação destas situações faz com que os filhos sejam pouco alegres, mais colérico, agressivos, infelizes, facilmente irritáveis e vulneráreis ás tensões;

2- Pais Permissivos: - Pouco controle e exigências de amadurecimento.

- Muita comunicação e afeto.
→ Pais tem uma atitude geral positiva em relação ao comportamento do filho, aceitam suas condutas, desejos e impulsos e usam pouco o castigo;

→ Não exigem responsabilidades, nem ordem. Não tem normas que estruturam a vida cotidiana como hora de dormir, arrumar o quarto, os brinquedos, etc;

→ Utilizam o raciocínio, mas rejeitam o poder e o controle sobre a criança.

Filhos de pais permissivos são:
→ Devido baixo nível de exigência e controle, tendem a ter problemas para controlar os impulsos;

→ Dificuldade de assumir responsabilidades;

→ São imaturos e com baixo nível de auto-estima. Porém, são mais alegres e vivos que filhos de pais autoritários.

3- Pais Democráticos ou Participativos: - Nível alto de comunicação;

-Nível alto de afeto;

- Nível alto de controle e exigências de amadurecimento.

→ São pais afetuosos, reforçam com freqüência o comportamento da criança, tentam evitar o castigo, são também os mais sensíveis às solicitações de atenção á criança.

→ Não são pais indulgentes, muito pelo contrário, são dados a dirigir e controlar a criança, estabelecendo uma rotina diária, mesmo sendo conscientes de seus sentimentos, pontos de vista e capacidades evolutivas. Explicando os motivos de uma medida disciplinar e controladora.

→ Os pais não se rendem aos caprichos das crianças, sobretudo quando os comunicam através de choro, lamentações, impertinências ou birras. Mas é possível que mudem de postura após escutar os argumentos que a criança apresenta, se houver coerência.

→ Repetir que além de serem afetuosos e controladores, estes pais impõem à criança exigências de amadurecimento e de independência.

Os filhos de pais democráticos são:

→ Os que mostram características mais desejáveis em nossa cultura. Pois:

-Empenham-se para manter dentro de um clima de afeto e comunicação:

→ Normas de forma consistente, para impor a criança níveis de exigência de acordo com a sua capacidade;

→ Levam em consideração opinião da criança na tomada de decisão;


Faz com que os filhos destes pais tendam a ter:

→ Níveis altos de autocontrole e de auto-estima;

→ Enfrentam situações novas com confiança e iniciativa;

→ São persistentes nas tarefas que iniciam;

→ São muito interativas e hábeis nas relações com iguais, são mais independentes e carinhosas;

→ São crianças com valores morais interiorizados;

→ Comportamentos pró-sociais mais efetivos.



Bibliografia:

- Coll, C., Palácios, J., Marchesi, A. Desenvolvimento Psicológico e Educação- Psicologia Evolutiva. V. 1, Editora: Artmed, Porto Alegre. 1995.



Aula dada pela Psicóloga Lucimária Rangel para orientação psicológica aos pais de crianças surdas vinculado ao CEPRE – FMC- Unicamp.

Supervisora: Angélica Bronzatto
 
 
 

DESTACAMOS ABAIXO ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE OS PAIS NA MANEIRA DE EDUCAR SEU FILHO.

1- Grau de controle com a criança:



Estratégias:
- Afirmação de poder
- Retirada de afeto - ignorar a criança
- Indução - obriga a criança refletir sobre o porquê de sua ação.

2 - Comunicação pai- filho:

- Pais altamente comunicativos
- Pais com baixo nível de comunicação


3- Exigências de amadurecimento:

- Pais exigem altos níveis de amadurecimento de seus filhos
- Pais que não impõem desafios ou exigências

4- Afeto na relação:
- Pais afetuosos

→ Combinando estas 4 dimensões podemos diferenciar 3 tipos diferentes de pais.


1- Pais Autoritários: manifestam - Altos níveis de controle e de exigências de amadurecimentos.
- Baixos níveis de comunicação e afeto explícito.


Os filhos de pais autoritários são:

→ Obedientes, ordeiros e pouco agressivos, porém são mais tímidos.

→ São crianças com pouca valorização da família e de valores morais. Pouco afetuosos.


2- Pais Permissivos: - Pouco controle e exigências de amadurecimento.
- Muita comunicação e afeto.

→ Pais que aceitam birras, vontade e manha dos filhos usando pouco o castigo. Não exigem responsabilidades.

Filhos de pais permissivos são:


→ Tem problemas para controlar as vontades, baixa auto-estima.
→ Dificuldade de assumir responsabilidades, imaturidade.

3- Pais participativos: - Nível alto de comunicação;
-Nível alto de afeto;
- Nível alto de controle e exigências de amadurecimento.

→ São afetuosos, evitam castigo. Porém, controlam a criança.
→ Os pais não se rendem aos caprichos das crianças, mesmo.

Os filhos de pais participativos são:

→ Mostram características desejáveis em nossa cultura.
-Empenham-se para manter dentro de um clima de afeto e comunicação.

Faz com que os filhos destes pais tendam a ter:

→ Níveis altos de autocontrole e de auto-estima;

→ Enfrentam situações novas com confiança e iniciativa;

→ São persistentes nas tarefas que iniciam;

→ São muito interativos e hábeis nas relações com iguais, são mais independentes e carinhosos;

→ São crianças com valores morais interiorizados;

→ Comportamentos pró-sociais mais efetivos.

Aula realizada para pais de crianças surdas no CEPRE- UNICAMP- SP 2005