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quarta-feira, 23 de junho de 2010







1 A MURALHA: barreira, muro grande, algo intransponível...
A grande muralha que o DQ cria é psicológica - psiché [alma], nos sentimento [emoções, afetos] mental, intelectual, racional. As conseqüências é que vai crescendo a muralha psicológica que separa a REALIDADE [dependência química] da FANTASIA = ILUSÃO [ex. mecanismos defesa] sustentada pelo alicerce do ORGULHO [ex. vergonha/medo/ raiva etc.]
O primeiro passo é conhecer os mecanismos de NEGAÇÃO [parar de negar a vida de DQ]
O segundo passo é começar a pôr dentro a sua ACEITAÇÃO [aceita a ação]
ACEITAÇÃO - aceitar a realidade [o que se sente] e os retornos [o que se escuta], por para
dentro e não jogar fora; vou ter negação ou não, vou ter raiva ou não, barganha pode haver ou
não, vou sentir indiferença ou não, vou fazer a reflexão, nesse ponto posso ter aceitação da
realidade sentida e/ou retornos ouvidos, e não aceitação é que o não me serviu eu jogo fora.
2 MECANISMOS DE DEFESA
2-1 fantasia
- negação uso pouco, uso da natureza, só maconha, só álcool, não uso mais, vou parar.
- minimização diminuir o uso, só no final de semana, um copinho, uma dose, uma caipirinha.
- maximização aumento dos problemas com o uso da droga [baixa auto-estima e autopiedade].
- manipulação mentira, chantagem com motivo [usa o sentimento do outro para alcançar um objetivo ou aprovação: o uso/compra da droga].
-justificativa é a 3a fase do uso da droga, pôr ir mal no emprego: bebe, briga com a esposa bebe.
- atenção ou memória seletiva autocentrada registra somente o que interessa a si; o processo de centralizar num só assunto, pôr exemplo de 1.000 DQ em recuperação um volta a beber sem problemas, e eu penso/ajo "sou um desses 1.000".
Intelectualização e racionalização usam de todos artifícios mentais para esconder a drogadição, usa de raciocínio lógico.
- projeção cobrir de culpa o próximo.
-autopiedade não nega beber.
-desfocalização deslocar o assunto da sua dependência/outros sentimentos/fatos/pessoas.
2-2 mecanismos de defesa:
A - a realidade é rejeitada [relativo a comportamento]
A.1 - isolamento social
Tendência a voltar-se para si mesmos, evitando todo tipo de confronto da realidade, é uma forma de fuga dos próprios sentimentos. Exprime-se como falta de iniciativa, incerteza sobre o seu próprio desempenho falta de planificação, dedicação às coisas de rotina para fugir do novo EU de mudanças.
A.2 - agressividade [ver como pedido de ajuda]
Trata-se de curto-circuito entre o estímulo e a ação. São ações impulsivas, as cabeças, os atos autodestrutivos, as rebeliões provocativas, os desatinos obstinados. Podendo ser vista por dois ângulos
1- Com esse ato, a pessoa inconscientemente procura remover de si, toda consideração da realidade, sem planificação, ou seja, sem pensar "no que devo" ou "no que quero" fazer.
2- É o modo de admitir a própria dependência, e em um nível mais profundo, "é o medo da perda do EU", do papel que se está vivendo.
A.3 - prepotência
É um pedido disfarçado. Um tipo de agressividade que trás embutido uma tensão a ser descarregada devido à presença de uma mensagem, mas que é por ele mesmo recusada. Essa mensagem pode ser vista como pedido de ajuda nas áreas de afeto, saúde física e mental, profissional, desejos e de relacionamentos.
A.4 - desafio
É uma reação de alguém que se sente ameaçado por alguma coisa ou pessoa, para assumir imaginariamente as suas qualidades, no caso o desafio. Sentindo-se um desafiador, reduz ou elimina o medo de continuar vivendo o seu papel, ou seja, de ver os supostos direitos agredidos.
A.5 - impulsividade
Consiste em assimilar transitoriamente uma pessoa real ou representar um papel da mesma, havendo uma identificação com ela a ponto de experimentar como feito a si, o que de fato é feito a essa pessoa. Este é um evidente comprometimento para a personalidade.
A.6 - intolerância
É um comportamento que claramente a intransigência, que pode retratar uma austeridade de cará
ter contrário aos princípios de liberdade. É uma recusa à convivência com credos e a prática de costumes diferentes de seus próprios, esta rejeição tem uma ligação às coisas que não posso modificar.
A.7 - projeção
É um comportamento contra os perigos que vem de fora, mas se o perigo vem de dentro, sua própria energia é colocada em crise: projetando, o perigo é transferido ou exteriorizado, sendo dessa forma "eliminado".
Pode ser vista de duas maneiras:
1-Transferindo o mal estar pelo qual está passando para o outro, exemplo "Não sou eu que estou nervoso, é você que não está bem".
2-Atribui aos outros, os motivos que explicariam as próprias perturbações, exemplo "Eu estou nervoso, mas foi você quem me fez ficar nervoso".
A.8 - negação
Consiste em criar bloqueios de certas percepções de mundo externo, ou seja, inconscientemente nega situações intoleráveis de uma realidade externa, para proteger-se de um sofrimento. Assim a criança fecha os olhos e acredita que não é vista pelos outros. O dependente químico num processo de autodestruição nega a sua realidade. Da mesma forma que o familiar do dependente nega o seu envolvimento, ou mesmo, a sua auto-anulação.
A.9 - fixação ou regressão
É um mecanismo de defesa que protege a pessoa do medo da destruição pelo confronto pessoal com as dificuldades de sua situação real, o que ao mesmo tempo, lhe impede de crescer e de amadurecer. Um eterno vir-a-ser. Um eterno anular-se, não buscando atingir metas criadas, que pode riam ser atingidas.
A.10 - negligenciar o presente
Através deste mecanismo, um impulso ou sentimento é inconscientemente deslocado de um objeto ou pessoa original para outro substituto. Através deste comportamento, o indivíduo é protegido do sofrimento que resultaria da consciência da real origem de um problema. Seus efeitos podem vir à tona, mas o motivo original é disfarçado, ou seja, não é reconhecido.
1-O familiar passa a reprimir ou hostilizar os companheiros do seu dependente, como forma de uma transferência de seus impulsos agressivos e os temores originalmente dirigidos aos pais, esposa [o] ou filhos do dependente.
2-O dependente químico passa a culpar ou hostilizar seus familiares, a empresa, sociedade, como forma de não querer reconhecer que seus impulsos agressivos e seus temores se originam da maneira abusiva de usar o álcool ou a droga.
B - a realidade é transformada [imaturidade relativo à imagem.
B.1 - onipotência
São fantasias e comportamentos que traduzem uma pretensão de poder absoluto. Tendência à grandiosidade, desejo doentio de possuir objetos a serviço do seu EU, convicção inconsciente de ter direito de receber honras e reverências, pretensão de ser perfeito e de ser tratado como alguém privilegiado, especial. Deprecia tudo aquilo que ofusca a própria segurança. No fundo há um sentimento de insegurança, inferioridade e ausência de capacidade de amar em seus confrontos ou relacionamentos.
B.2 justificar
Quando a pessoa não consegue realizar o que pretende ou quando se sente ameaçada por algo de fora dela. Justificando, busca identificar-se com esta imagem. Satisfaz inconscientemente o imperioso desejo narcisista de "ser como", mas para tanto justifica todas as suas atitudes. Tendo sempre sua vida nas mãos das outras pessoas.
B.3 - auto- agressividade
Consiste em simplesmente excluir da consciência os impulsos perigosos ao "EU". O processo funciona como o esquecimento, podendo-se chegar a não se dar conta de certas realidades que o cerca ou de seu próprio "EU" [despersonalização]. Existe neste mecanismo a cegueira psíquica, a paralisia psíquica, gerando uma raiva por si mesmo.
B.4 - fantasia
É um conjunto de idéias ou imagens mentais que procuram resolver os conflitos emocionais, através da satisfação imaginária dos impulsos. Este mecanismo reveste-se de um caráter doentio quando tende a impedir continuamente a resolução dos conflitos, a satisfação real dos impulsos vitais e o contato com realidade.
B.5 - compensação
É o processo pelo qual um impulso é modificado de forma a ser expresso de conformidade com as demandas do meio. Este processo inconsciente é considerado sempre com uma função normal do "EU normal. Embora o impulso original não seja consciente, não existe a repressão, pois ao deparar com a rejeição pela consciência, o impulso é desviado para canais aceitos.
B.6 - transferência ou sublimação
C - a realidade é reinterpretada neuroticamente
C.1 - formação reativa
A pessoa pensa sente e faz o contrário, do que instintivamente pensaria, sentiria ou faria. É também chamada transformação no contrário. É expressar um pensamento, afeto ou comportamento que na forma ou direção manifestada, são diretamente contrárias ao impulso inaceitável que está por de trás do tipo de conduta. Esta defesa se reconhece pelo excesso. Exemplo - Esconder o medo com atitudes temerárias; insistir exageradamente sobre algum hábito ou uso indevido de álcool ou outras drogas, mais pela ansiedade, que por amor à verdade e ao bem
C.2 - introjeção/isolamento
É um processo psíquico mediante o qual o indivíduo se isola da carga emotiva ligada a um acontecimento qualquer, permanecendo emocionalmente frio. A emoção retida, geralmente acaba por se expressar mais tarde de modo imprevisto, com efeito, totalmente desproporcional à respectiva causa aparente, seja ela por explosão de cólera, de choro ou por um ato sexual aparentemente inexplicável.
C.3 - racionalização
É um mecanismo mental empregado pelo "EU" para justificar. É como uma desculpa apresentada para explicar uma atitude ou um comportamento social ou pessoalmente pouco aceitável. Exemplo - Atribuir a irritabilidade ao calor, atribuir o seu mal estar ao marido, esposa, filho, patrão. O atraso a um encontro pouco desejável, ao trânsito, quando na realidade não se quisesse este encontro. Não busca a verdade, mas a autodefesa, pelo que a idéia é levada adiante com rigidez e intolerância. Quem usa a racionalização termina ele mesmo por acreditar nas desculpas que apresenta.
C.4 - repressão ou recalque
É um processo automático que mantém fora da consciência, impulsos, idéias ou sentimentos inaceitáveis os quais não podem tornar-se conscientes através da evocação. É um mecanismo de defesa básico e percebe a maioria dos outros, funciona como reforços, quando a repressão é incompleta.
C.5 - intelectualização
É o uso defensivo da razão, menos elaborado. Consiste em evitar o problema prático, enfrentando-o a nível teórico. Controlam-se os afetos e os impulsos com a reflexão abstrata mais que se refazendo na experiência. É um excesso de pensamento, privado do componente afetivo.
D - a realidade é aceita [mecanismos protetores de controle] supressão, antecipação, humorismo.

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