Quem sou eu

Minha foto
Campinas, São Paulo, Brazil
Sou profissional que acredita no SER HUMANO e no seu desenvolvimento para aprimoramento de suas qualidades e potenciais!

Boas Vindas

Que bom que você chegou até aqui, leia, divulgue e diga o que achou dos textos ou sugira novos assuntos.
Participe desta corrente do saber!!!
Obrigada pela visita e volte sempre!!!!

Total de visualizações de página

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O amor pode adoecer pessoas? Ou pessoas são doentes por amor?

O amor, como um obstáculo a vida plena.

Diversos poetas discorreram sobre a dor de amar, o quanto se sofre por desejar estar ao lado de alguém. A dor do poeta é a dor de um amor impossível, ou por musas, que não correspondem aos seus encantos.
Com o romantismo tem-se a ideia de que existe um homem e uma mulher nascidos um para o outro como na historia de Romeu e Julieta. Um amor forte, sem fronteiras, capaz de tudo pela presença do outro, inclusive morrer, como acontece na história.
M. Scott Peck em seu livro “O caminho menos percorrido” (1978), ao descrever “O Mito do Amor Romântico” conta que a paixão tem como uma das suas características a ilusão de que a experiência do casamento irá durar para sempre. Esta ilusão é alimentada pela cultura e pelo mito que ouvimos desde a nossa infância, em que o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre.
E como seria o amor romântico de Romeu e Julieta ao chegarem em casa altas horas após trabalhar e cansados, com crianças gritando e pedindo para brincar antes de dormir? Ou nas festas de família Julieta ter que lidar com sua sogra disputando a atenção do Romeu? Como seria esta cena de amor? Eles seriam compreensivos um com o outro? Manteriam o amor incondicional? Eis que a vida propõe: viver um amor real.
No amor patológico encontramos formas de relacionamento egoístas, em que o aprisionamento das pessoas acontece. Em alguns momentos as pessoas até percebem que fazem um ao outro sofrer, mas elas não conseguem abrir mão, porque imaginam que serão abandonadas. Acreditam que a dor do abandono será maior do que o sofrimento que elas passam.
Ao se apaixonar, a pessoa quer o amado todinho para ela, e começam os controles, ciúmes, afastamentos dos amigos e muita cobrança de atenção. A intensidade é tão forte, que o amado se torna um vício. Tudo precisa ter a presença dele, toda a alegria vem dele e daí começam os problemas. O que estava fadado pela paixão a uma eterna felicidade, começa a sucumbir ante os problemas do dia a dia. O convite para o amadurecimento está colocado pela vida, ou fazemos novos arranjos de convivência ou seremos infelizes para sempre, até que o divórcio nos separe.
A vivência do amor deve ser marcada por uma entrega afetiva sincera, sentimento de alegria e serenidade pelas pessoas envolvidas. Para isso acontecer, precisamos pensar em uma condição de amar mais espiritualizada e universal, que permita ao individuo amar sem pedir algo em troca. Amar por doação, respeitando cada um em sua maneira e principalmente a si mesmo. Quando isso não ocorre, formam “buracos” na subjetividade da pessoa e ela segue pela vida em busca de alguém que a complete.

O amor patológico acaba por adoecer a pessoa e a relação que se estabelece, pois sempre estará permeada por sentimento de medo e insegurança. Ou seja, uma será a vitima, (codependente) aparentemente frágil e a outra problemática e forte, sendo que ambos buscam o controle da relação, cada um a seu modo.
O codependente tem uma necessidade de cuidados (leia-se: “ser amada (o) o tempo todo”) que é delegada a outra pessoa supostamente forte e por este meio o controla. São mensagens de amor, que tem como fundo a ideia de controle: “Amo-te tanto, que preciso ligar várias vezes ao dia para saber de você!” “Se eu te amo tanto, como pode sair para jogar futebol e me deixar?” Assim as chantagens emocionais entram no jogo doentio de amar.

Desta forma o codependente abandona a si próprio, para alguém cuidar dele. No entanto, se mostra um grande cuidador de pessoas que padecem de algum problema. E quando não obtém o que deseja afetivamente, penaliza e responsabiliza o outro por sua infelicidade.

Assim temos uma grande confusão, pois o medo de ser abandonada (o) faz o codependente, através de suas necessidades de cuidados e de também cuidar, se colocar na relação sempre como a vítima. O codependente busca ter o máximo controle da relação, da pessoa, dos seus comportamentos e pensamentos; pois teme constantemente ser abandonado.
Erich From em seu livro “A Arte de Amar” (1956) fala que para alguém amar o outro, precisa amar e aceitar a si mesmo. Caso isso não ocorra, a desconfiança está instalada, dificultando, para esta pessoa, a crença de que alguém possa amá-la. Justifica-se assim o controle do codependente pelo ciúme, como forma de assegurar-se e evitar o abandono.

A codependência vem de um transtorno de funcionamento familiar adoecido, que geralmente está relacionado com problemas do impulso e compulssividade. São pessoas, que vivem em função de ajudar e cuidar de indivíduos problemáticos, com esta conduta sonham em ser importantes e obter reconhecimento. Os codependentes tem baixa autoestima, são muito inseguros, possuem sentimentos de culpa e não conseguem se desvencilhar de pessoas com este perfil. Este é o seu principal trunfo para não ter que pensar em sua vida. Geralmente este padrão de funcionamento passa de geração a geração através de vínculos emocionais frágeis e permeados de possessão. E as pessoas que vivem relações de amor patológico sempre buscam mudar o outro como prova do amor, tentando recuperar o amor não vivido na infância.

O amor patológico é ilusório, a pessoa se sente uma “metade” em busca de sua outra “metade” da laranja. Há uma simbiose (fusão), busca-se um amor que dê a vida por outra pessoa. E que amor será este em que se morre e se mata? Esta condição de dependência um do outro, fica muito pesada e começa a se tornar uma prisão em que um não pode escapar do outro, sem sofrer graves consequências.

No amor saudável o ser é completo, se coloca como uma unidade inteira e busca alguém inteiro para se relacionar, não busca alguém para ser dependente. Nestes relacionamentos vividos de forma harmônica, há cumplicidade, compartilhamento de momentos afetivos e situações emocionais equilibradas. Há uma conduta de caráter com o outro e com a Humanidade, de forma natural e respeitosa. Há uma concepção de ser espiritual, que como unidade, ama-se um desconhecido respeitando quem se é, porque temos respeito com os nossos próprios valores.

Neste amor saudável, que implica a doação, quanto mais se ama, mais a pessoa se sente feliz, gratificada, ainda que este amor não seja correspondido. Quem ama, respeita o desejo do amado em não corresponder a este amor. Isso é doar-se por amor.
Quando esta ideia de amor doação é quebrada, o indivíduo busca este amor simbiótico e adoecido, porque imagina que o amado, irá colar as trincas e falhas que se tem, aliviando as dores da infância. Este amor “salvador” precisa ser tão forte, que se morre por ele. Esta forma de amar é cruel, porque busca a escravização de um para a satisfação de outro. E para isso há todo tipo de artimanha, como a manipulação da pessoa para controlar a vida, afastá-lo dos amigos e familiares. Assim ninguém poderá alertá-lo do que está acontecendo. As coisas ficam mais densas quando as pessoas passam a ligar para o trabalho, seguir nos locais que a pessoa frequenta, vigiar os horários de compromissos, hora que chega ou sai e com quem foi, além de buscar em vestimentas e peças intimas vestígios de traição.

Relações de amor patológico fazem aflorar nas pessoas sintomas de paranoia, (imaginar coisas ou situações que não existem), pensamentos e atos obsessivos de controle. Quando estes mecanismos aparecem, os conflitos, brigas e discussões ocorrem frequentemente e junto vem uma enxurrada de acusações e xingamentos que tornam a relação sofrida para os dois, podendo chegar a agressões físicas e verbais e em alguns casos até a morte. No amor doentio, egoísta, mata-se por amor, para não ter que dividi-lo com mais ninguém.

Quando uma pessoa vive este amor patológico, ela não tem aceitação de si mesma e de sua própria vida, transfere para o companheiro a ideia de um amor que se for de verdade, pode dar a vida por ele, para que ela se complete.

A abstinência do amado afeta muito a pessoa que sofre de amor patológico!

Estudos realizados pela Universidade de Rutgers, e pela Universidade Stony Brook, respectivamente – nelas Ficher, e Aron, coautor de relatório sobre amor romântico publicado no Journal of Neurophysiology descobriram que ser rejeitado no amor pode produzir sintomas iguais aos vivenciados por ex-dependentes em processo de abstinência de cocaína. Ao pesquisarem pessoas que foram rejeitadas, mas continuavam apaixonadas, os estudiosos identificaram que, ao observar fotos dos ex-parceiros, eram ativadas regiões no cérebro ligadas ao apego, à abstinência e até à dor física, provocando sudorese, vômitos, que são sintomas semelhantes à abstinência de cocaína.
Para a antropóloga Fisher, assim como a dependência às drogas "o amor romântico é um vício. E pode ser um vício maravilhoso quando as coisas estão indo bem, mas um vício tenebroso quando tudo dá errado". A dependência explicaria as atitudes extremas de quem é rejeitado, como agredir o parceiro. A boa notícia é que o tempo ameniza os sintomas, pois quanto maior o tempo do término, menores são as atividades de "abstinência amorosa".

Emocionalmente isso também ocorre, porque toda a angústia e medo que o “abandonado” vive com o afastamento do amado, é sentir a sua criança interior ferida e solitária. O que a pessoa evitou em toda sua vida retorna com força intensa, não estando, geralmente, preparada para lidar com estas emoções, pode vir a adoecer, principalmente entrando em estados depressivos graves.
Vicent, em seu livro: “por que nos apaixonamos”(2004) fala que a relação de um amor patológico se torna um vício para que a pessoa não cuide de si e busque o outro como uma dependência emocional, para amortecer os próprios problemas ou inseguranças. Assim como o álcool anestesia, ou a cocaína que faz tudo virar uma festa, e como toda droga, este amor também traz consequências ruins e prejuízos nas relações.
Em situações mais calorosas em que o sentimento de posse já ultrapassou todos os limites, é fácil encontrar agressões verbais, físicas, e no desespero em não perder o outro, o que é agredido cria uma falsa ideia que apanhou porque o amado estava com muito ciúme, medo de ser enganado e por isso bateu, por amor, por amar demais!
Quando temos conhecimento de uma situação como esta, e as pessoas mantém o relacionamento com seus agressores, não entendemos que, na verdade, eles nutrem uma dependência afetiva um do outro, a ponto de um pensar que a agressividade pode ser confundida com um carinho.
Geralmente estas relações são repetições dos conflitos familiares vividos na infância e o codependente “tem a certeza” que dá próxima vez será diferente e ele irá conseguir mudar o companheiro. Este é um ciclo de violência emocional, verbal ou física que se repete por muitas vezes, até que um dos envolvidos saia da relação.

“Eu amo porque preciso me esconder e às vezes até amo porque preciso de poder! Este é o pensamento que fundamenta uma relação patológica.


O tratamento passa por psicoterapia, psiquiatria e por grupos de apoio. Existem grupos de apoio como é o caso do site Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA), somente para mulheres. Seu principal objetivo é estimular as Mulheres a se libertarem da dependência de relacionamentos escravizantes, destrutivos, levando-as a construir uma condição melhor e saudável de relacionamento consigo e com os outros.
Há algumas características usadas pelo grupo MADA e que se aplicam aos portadores de amor patológico baseado no livro: Mulheres que amam demais da autora – Robin Norwood.

1. Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas.
2. Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com homens aparentemente carentes.
3. Como não pode transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e afetuosas de que precisava, reage fortemente ao tipo de homem familiar, porém inacessível, o qual tenta transformar através de seu amor.
4. Com medo de ser abandonada, faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.
5. Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for para "ajudar" o homem com quem esta envolvida.
6. Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.
7. Está disposta a arcar com mais de 50% da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.
8. Sua autoestima está criticamente baixa, e no fundo não acredita que mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de desfrutar a vida.
9. Como experimentou pouca segurança na infância, tem uma necessidade desesperadora de controlar seus homens e seus relacionamentos. Mascara seus esforços para controlar pessoas e situações, mostrando-se "prestativa".
10. Esta muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação.
11. Tem tendência psicológica, e com frequência, bioquímica a se tornar dependente de drogas, álcool e/ou certos tipos de alimento, principalmente doces.
12. Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente, evita concentrar a responsabilidade em si própria.
13. Tende a ter momentos de depressão, e tenta prevení-los através da agitação criada por um relacionamento instável.
14. Não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens "agradáveis" são enfadonhos.
A USP (Universidade São Paulo), no departamento de psiquiatria, oferece tratamento para o amor patológico e algumas perguntas para identificar quem sofre deste transtorno.
USP: Você sofre de amor patológico?
— Você costuma estar satisfeito com a quantidade de atenção e de tempo que dedica a seu parceiro ou faz mais do que gostaria?
— A quantidade de atenção que você dá ao seu parceiro está sob o seu controle ou você costuma tentar diminuir esta atenção e não consegue?
— Você mantém outros interesses e outras relações (com amigos, familiares etc.) ou abandonou pessoas e atividades em decorrência da sua vida amorosa?
— Você continua se desenvolvendo pessoal e profissionalmente após o início de seu relacionamento?
Pelos critérios do Instituto de Psiquiatria da USP, quem respondeu negativamente a três perguntas ou a todas provavelmente sofre de amor patológico.




Autora: Lucimaria Rangel - Psicóloga clínica
Especialista em psicanálise clínica e institucional - CEFAS
Especialista em psicologia clínica e hospitalar H-Cor SP
Atuou na ONG SOS Ação Mulher (que trabalha com violência doméstica).

Referência Bibliográfica:

From, E. A Arte de amar (1956) . São Paulo. Ed. Martins Fontes
Vicent, L. Por que nos apaixonamos. (2004) Rio de Janeiro, Ed. Ediouro
Norwood, R. Mulheres que Amam Demais. (1985) Ed. ARX.
Peck M. S. O caminho menos percorrido. (1978) Portugal, Ed. Sinais de Fogo.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

História: Dois Lobos dentro de mim
Psicologia Raiva Campinas

Conto Cherokee



Os anciões Cherokee estavam preocupados com um dos garotos da tribo que, por se sentir injustiçado, tornou-se agressivo. O avô do menino o traz para perto de si e diz:

- Eu entendo sua raiva. Há uma batalha terrível entre dois lobos que vivem dentro de mim. Esses dois lobos tentam dominar o espírito de todos nós.

Um é Mau. Seus dentes são fortes como raiva, inveja, ciúme, tristeza, cobiça,
arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade,
orgulho, superioridade e ego.

O outro é Bom. Seu olhar é forte como alegria, esperança, serenidade, paz, humildade, empatia, bondade, generosidade, verdade, perdão, compaixão, harmonia e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:

- Qual lobo vence?

O velho índio respondeu:

- Aquele que você alimenta!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Automutilação, uma marca que está aumentando!!!


Automutilação, uma marca que está aumentando!!!!
psicóloga Campinas -



O que é a Automutilação?
A automulilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. As formas mais freqüentes de automutilação são cortar a própria pele, bater em si mesmo e queimar-se.

2. Por quais razões a Automutilação se desenvolve?

Embora as causas da automutilação ainda não estejam bem definidas, há evidencias de que fatores neurobiológicos e fatores psicossociais, como características de personalidade mais impulsiva e compulsiva, bem como a história de vida e o ambiente colaboram para o surgimento da automutilação. Os pacientes descrevem o início da automutilação após vivência de forte emoção, como raiva, utilizando este comportamento como forma de lidar com a emoção, um comportamento com características impulsivas. Com o decorrer do tempo, o paciente observa que obtém alivio de sensações ruins e passa a repetir a automutilação com o objetivo de obter alívio novamente. Começa a planejar e, muitas vezes, ritualizar a realização do ferimento. Estes comportamentos podem ser desencadeados por uma vivência traumática ou apenas pela lembrança desta.

Alguns dos fatores de risco relacionados a automutilação são: abuso emocional, físico ou sexual na infância; conflitos familiares; abuso de álcool e tabaco ou outras substâncias; adolescente vítima de “bulling”; presença de sintomas depressivos, ansiosos, impulsividade e baixa auto-estima.

3. Como sei identificar se alguém está com esse problema?

As pessoas que apresentam automutilação sentem vergonha e medo de revelar este comportamento, por isso procuram esconder as lesões e as fazem solitariamente onde não podem ser observadas. Elas reconhecem que este comportamento não é bem aceito pelas pessoas.

Desta forma, você poderá desconfiar que alguém apresenta automutilação quando essa pessoa:

a) Costuma usar roupas de mangas longas, mesmo no verão, com altas temperaturas;

b) Apresentam várias cicatrizes ou lesões repetidas e tem dificuldade para explicá-las;

c) Isola-se evitando situações onde seu corpo pode ser exposto, como praia ou piscina;

Vale lembrar que estas pessoas podem apresentar sintomas depressivos e de fobia social associados.

4. A Automutilação tem tratamento?

Sim, a associação psicoterapia e medicação tem se mostrado eficaz nos casos de automutilação. A psicoterapia, nestes casos, tem como um dos objetivos ajudar o paciente a identificar outras formas de lidar com frustrações, que sejam mais eficazes do que seu comportamento. Ainda não há medicação específica indicada para que o paciente pare de se mutilar, entretanto, a medicação pode ser indicada para alívio dos sintomas depressivos e ansiosos que podem colaborar para a manutenção do comportamento. Há também medicações que são usadas para diminuir a impulsividade e que ajudam o paciente a resistir a vontade de se machucar, caso esta apareça.

5. A quem devo buscar para pedir ajuda/auxílio?

Buscar profissionais da área de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. Seria mais indicado profissional com experiência no tratamento de pacientes com automutilação, pois estes pacientes apresentam algumas peculiaridades. Caso estes profissionais não estejam disponíveis, uma vez que são raros os profissionais com experiência em automutilação, seria indicado profissionais com experiência em transtornos do impulso.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Efeitos do Videogame

Efeitos do videogame
Se por um lado jogos eletrônicos melhoram a capacidade cognitiva e o aprendizado, por outro têm grande potencial de desencadear comportamentos violentos e antissociais

por Fernando Louzada



Em um estudo publicado em 2005 no American Behavioral Scientist, os autores identificaram uma redução do vocabulário e da oralidade em crianças que assistiram ao programa Teletubbies. No entanto, relataram também um efeito positivo do desenho animado Clifford sobre as mesmas habilidades. Até que ponto devemos orientar nossa educação com base em resultados desse tipo? Acredito que com algumas ressalvas. Muitas das pesquisas que relacionam o uso da tecnologia e o desenvolvimento cognitivo têm limitações metodológicas – a principal delas é que há muitas variáveis que não são levadas em conta. Por exemplo, a leitura superficial das conclusões de um estudo com 800 crianças divulgado pela Pediatrics em 2009 leva a crer que o número de horas diante da TV é proporcional a um menor desenvolvimento de habilidades linguísticas. Entretanto, uma análise mais aprofundada revela que fatores como renda familiar e tempo de amamentação materna influem de forma significativa nessa associação.

Alguns são favoráveis ao uso da tecnologia, principalmente os fabricantes de jogos; outros, entre eles muitos cientistas, acreditam que a intimidade precoce com os eletrônicos pode trazer riscos. O psicólogo Douglas Gentile, da Universidade de Iowa, pesquisador dos efeitos da mídia sobre crianças e adolescentes, afirma que a questão vai além de ser contra ou favor, pois os jogos já estão inseridos na realidade de milhares de crianças no mundo.

Em um artigo publicado no Psychological Science, pesquisadores recrutaram vários pais que planejavam comprar o brinquedo para seus filhos e ofereceram o aparelho em troca da participação. As crianças foram divididas em dois grupos: algumas receberam o presente imediatamente e as outras apenas quatro meses depois. Segundo os autores, as que ganharam o jogo primeiro apresentaram redução nas habilidades de leitura e escrita em comparação com as que aguardavam para recebê-lo.

Segundo Daphne Bavelier, pesquisadora da Universidade de Rochester, em Nova York, não faz sentido falarmos em consequências unicamente positivas e negativas de assistir televisão ou jogar videogames. Como toda experiência humana, essas são também multidimensionais.

Além do uso pedagógico, os jogos também revelaram potencial para tratar e reabilitar pacientes com danos cerebrais. Os desafios virtuais ajudam a atenuar sintomas em pessoas com demência e com esquizofrenia. Os psiquiatras Doug Han, da Universidade Chung Ang, na Coreia, e Perry Renshaw, da Universidade de Utah, acreditam no potencial de jogos criados para desenvolver o comportamento social. Em um experimento com crianças com transtornos do espectro autista foi verificada modificação da atividade cerebral em áreas associadas à resposta emocional, o que sugere o efeito positivo do treinamento.

Apesar do interesse crescente da neurociência sobre o tema, os mecanismos envolvidos no estímulo da plasticidade cerebral pelo videogame ainda necessitam ser elucidados. Podemos pensar, porém, em uma situação hipotética, a de um adolescente de 13 anos que passa algumas horas por semana jogando videogame: a redução no desempenho escolar é previsível. O conteúdo violento gerará pensamentos e sentimentos de agressividade, o que poderá modificar o comportamento. Mas, como disse Daphne Bavelier, esses efeitos benéficos têm grandes chances de ser acompanhados por outros prejudiciais, como conduta antissocial e violenta. A utilização de videogames comerciais com fins educacionais é, portanto, bem controversa.

Nos últimos anos foram publicados diversos estudos cuja leitura reforça a ideia de que a aprendizagem por meio de recursos audiovisuais é muito menos efetiva do que aquela mediada por pais ou educadores. Bebês e crianças aprendem muito mais sobre o mundo quando interagem com as pessoas. Ao longo da evolução, a construção do cérebro humano tem sido calcada na interação social. É pouco provável que algum aparato tecnológico consiga substituí-la de maneira satisfatória

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Psicólogo Cadastrado no Psicologia em São Paulo

Transtornos mentais é a terceira causa em afastamento do trabalho e atividades

psicóloga - Campinas - depressão




Os transtornos mentais respondem pela terceira causa de afastamento do trabalho no Brasil, de acordo com levantamentos realizados pela Previdência Social de 2008 para cá.

Essas doenças perdem apenas para as do sistema orteomuscular, caso da LER (Lesão por Esforço Repetitivo), e as lesões traumáticas.

Muitas vezes as patologias psiquiátricas se desenvolvem a partir do que se chama de estresse ocupacional. “Ele é ocasionado por vários fatores”, considera Duílio Antero de Camargo, psiquiatra, médico do trabalho e coordenador do Gr.Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho da USP -SP.

“Ter de cumprir metas abusivas, por exemplo. Há muita cobrança, muita competitividade nos ambientes corporativos, e a pressão que se forma leva às alterações.”

Entre os males, o mais comum é a depressão. “Em determinados anos, responde por mais de 50% dos afastamentos por transtorno mental”, contabiliza Camargo.

A proporção é de 3 mulheres para cada homem –,sua incidência predomina nas ocupações em que há mais profissionais do sexo feminino,como: professoras.
Isso também está relacionado à fase da vida da mulher. Quando geralmete está mais vulnerável, após o nascimento de um filho ou na menopausa, períodos em que há várias alterações na parte endocrinológica.

A Segunda das causas de afastamento por doença psiquiátrica, a ansiedade pode estar associada a transtornos de estresse pós-traumático – eles surgem depois de acidentes graves com risco de morte.

OsPoliciais e bombeiros,saúde e outros que lidam com sofrimento e pressão; mas os bancários, e caminhoneiros, que sofrem sequestros relâmpago sobretudo nas madrugadas, entraram para o grupo de risco.

Em terceiro lugar da lista estão as perturbações originadas pelo consumo de substâncias psicoativas, como álcool, maconha e cocaína. Elas atacam principalmente quem lida com aspectos sociais que a maioria das pessoas prefere evitar, caso de lixeiros e coveiros, vigias ou guardas noturnos.

Esgotamento

Um dos distúrbios característicos do mercado de trabalho atual é o Burnout, uma síndrome de esgotamento profissional.

E acomete em pessoas perfeccionistas, que fazem do trabalho uma missão de vida e, quando não veem resultado ou reconhecimento, não conseguem mais realizar as tarefas às quais sempre se dedicou.
O importante é cuidado com a vida e buscar novas formas de alegrar-se, fazer novas amizades e fazer coisas diferentes no seu dia a dia, para entender onde, está o excesso ou a falta.
A psicoterpia pode ser um grande aliado nesta descoberta, pois o quanto antes o problema é identificado, mais a pessoa consegue se apropriar e viver a vida com mais qualidade!

Lucimária Rangel
Psicóloga

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A obesidade vem crescendo e engordando os números

Psicologa - Campinas obesidade Cada vez mais encontramos reações emocionais refletido nos comportamentos alimentares desordenados. O excesso ou a restrição do alimento, desta forma a obesidade não escolhe gênero, classe social, ou de conhecimento, deixa de ser apenas uma questão de estética e passa a ser problema de saúde pública, incluindo crianças de tenra idade! O Ministério da Saúde divulgou o resultado da primeira edição do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), realizado no ano de 2011 em 27 cidades brasileiras. O resultado é alarmante, os índices tanto de população acima do peso, quanto de obesos aumentou significativamente. Em 2006 era de 11,4% obesos e hoje chega a 13%, entre as mulheres o índice é maior e alcança os 13,6%. A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, tendo como causa vários fatores: genético, comportamentale, emocional ou ambiental. O diagnóstico,se dá através do cálculo do Índice de Massa Corporal - IMC (relação entre peso e altura). A Obesidade vem acompanhada de diversos prejuízos à qualidade de vida e saúde dos indivíduos. Os problemas podem ser tanto de ordem clínica como psicológica e social. Porquê a obesidade tras sintomas prejudiciais e desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes, problemas cardiorrespiratórios, além da perda da autoestima, sentimentos de desesperança, o isolamento social, depressão, ansiedade entre outros. As questões psicológicas, ou problemas emocionais podem ser percebido como conseqüência da doença, no entanto, estudos mostram que ele pode preceder a depressão ou a ansiedade, já que os conflitos psíquicos nos pacientes como não encontram expressão oral e social com as pessoas, acabam por desencadear uma reação de punição ou de busca imediata de prazer por compensassão atráves da alimentação desordenada. Prejudicando a si mesma, sem resolver o problema. Muitos sonham em resolver os problemas emocionais com o bisturi, em cirurgias, que imaginam dai resolver o problema da amizade, beleza, relacionamemto amorosos, trabalho... Mas estas questões dependem do seu autoconhecimento e superação de suas frustrações e superações relacionais e não limitações físicas. O atendimento multidisciplinar é de grande importância, com médicos, nutricionistas e psicólogos. Quando há comorbidade( doenças associadas) com patologias psiquiátricas como transtorno de ansiedade, transtorno de compulsão alimentar periódica, bulimia o uso de medicação pode ser recomendável. O tratamento psicológico pode ser de grande importancia para que o indivíduo possa entender o que estimula este comportamento reativo e consegir o controle.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Em quais ações você está investindo ?



Nossa vida é composta de várias partes. Essas partes compõem um todo onde cada uma mantém total ligação umas com as outras. Elas estão interconectadas de tal maneira que o funcionamento de uma influencia no desempenho das outras.

Essa noção de integralidade é explicada pelo Holismo. Juntamente a esta visão holística do ser humano, temos a teoria do equilíbrio organísmico que afirma que todo e qualquer organismo trabalha com o intuito de atingir uma homeostase que, em outras palavras, é nada mais do que equilíbrio. Portanto, o nosso corpo tende a ajustar-se com o meio ambiente, viabilizando harmonia.
É inerente, portanto, à tendência humana o que denominamos de ajustamento criativo. O ajustamento criativo é uma forma inteligente do organismo se adaptar ao mundo, driblando assim, as situações conflituosas que possam acarretar mal-estar, desprazer, insatisfação.
Em decorrência de tudo isto, é que dizemos que a vida humana é composta de diversos campos: o profissional, o pessoal, o afetivo, o social, o espiritual, o familiar e outros. Todos atuam conjuntamente, como uma espécie de rede e justamente em virtude disto é que, quando estamos mal no aspecto espiritual, pode ser que não nos sintamos muito bem na vida pessoal; ou então, quando não vamos bem no campo afetivo, a nossa área profissional pode ficar prejudicada, e assim por diante.
Devemos cuidar, portanto, de todas os aspectos da nossa vida. Todos merecem atenção. Nenhum deve ser preterido, pois pode ocorrer de estarmos funcionando de forma doentia na vida afetiva, mas por termos nossa vida profissional saudável/forte, conseguirmos dar a volta por cima com o suporte fornecido pela área profissional. Uma área preservada pode nos dá a força necessária para vencermos os obtáculos que se apresentam em uma outra que está comprometida. É por esta razão que o psicólogo, nesses momentos de crise, vasculha, junto com o paciente, o que há de mais sadio em seu conjunto (organismo como um todo), dá ênfase a esta parte preservada, cuidando para que ela proporcione o suporte necessário para o paciente se reerguer.
Diante do acima exposto, é que orientamos as pessoas a não investirem todas as suas ações em apenas uma área da vida. A coisa funciona parecido com um investimento que você realiza em uma agência bancária. O gerente instrui você a colocar parte de seu dinheiro em uma AÇÃO A, outra parte numa outra AÇÃO B e assim, vai distribuindo de forma racional e inteligente o seu dinheiro. Sendo assim, caso alguma das empresas nas quais você investiu venha a ter uma queda, você não será prejudicado inteiramente, mas apenas parcialmente.
Num processo de psicoterapia, o psicólogo orientará para que o paciente cuide de todos os campos do seu viver. Conduz o processo de maneira que o paciente se conscientize do como está investindo suas ações e assim, realize uma distribuição equitativa, equilibrada, evitando maiores prejuízos no futuro.
E você, já parou para pensar onde tem investido suas ações?
Pense nisso!
Thatianny Moreira

terça-feira, 17 de abril de 2012

Auto realização e transcendencia

MASLOW PREVIU A MUDANÇA
Psicóloga em Campinas
Por Owen K. Waters




Abraham Maslow (1908-1970) foi um psicólogo que se tornou conhecido pela sua hierarquia das necessidades humanas. Quando ele desenvolveu a sua teoria nos anos 50, ele previu a transformação da humanidade em um reino de transcendência espiritual, mas não tinha idéia de quão breve isto iria se transformar em um grande movimento.

A hierarquia das necessidades humanas de Maslow mostra que as necessidades humanas básicas têm que ser satisfeitas antes que as pessoas possam atender às necessidades e valores mais elevados.

Primeiro, as necessidades fisiológicas básicas da alimentação e do abrigo devem ser supridas a fim de assegurar a sobrevivência.

Segundo, uma vez que o alimento e o abrigo sejam obtidos, a segurança e a proteção devem ser alcançadas.

Terceiro, a aceitação pelos outros é procurada, em ambos os sentidos: tanto social, quanto pessoal. Para satisfazer esta necessidade de “pertencer”, as pessoas se tornam parte de um grupo, uma tribo, de uma família ou comunidade.

Quando estas necessidades externas são satisfeitas, então o indivíduo trabalha para adquirir o respeito próprio. O reconhecimento pelos outros produz a autoestima.

Uma vez que estas necessidades externas são preenchidas, a necessidade interna dirigida para a auto-realização entra em jogo. A Auto-realização significa se tornar o melhor que a sua personalidade pode ser. As pessoas auto-realizadas incluem aquelas que alcançaram a abundância material, e também aquelas que, como uma decisão do poder pessoal, escolheram a simplicidade e não a busca de mais abundância. Em algum momento, quando uma pessoa diz “Isto é o suficiente”, para a busca interminável da segurança financeira adicional, então elas se tornam livres para realizar qualquer coisa que inspire mais a sua alegria interior.

A auto-realização é alcançada depois que o indivíduo deixa de ter deferência à autoridade hierárquica e amadurece na habilidade de criar as suas próprias regras de responsabilidade pessoal. A personalidade pessoal é sempre mais poderosa e eficaz do que qualquer sistema de regras impostas. Por exemplo, vocês podem ameaçar punir alguém se ele roubar e espera que a ameaça funcione. Mas uma pessoa auto-responsável simplesmente não iria roubar, porque ela sentiria empatia pela perda que uma suposta vítima sentiria. Ela simplesmente não teria a coragem de fazer isto a outra pessoa.

É uma questão de aumento de maturidade. Quando uma pessoa abandona as imposições de autoridade externa e se torna a autoridade auto-dirigida, então ela se torna muito mais funcional no mundo. Isto é, de fato, um estado mais elevado de consciência, que proporciona uma maior visão da consciência. A partir desta perspectiva expandida, ela pode ver claramente que, como um indivíduo, pode servir melhor à humanidade.

Neste estado de consciência, a pessoa adquire a habilidade de pensar e de analisar as situações de forma independente. Como resultado, soluções novas e criativas vêm à mente. Ela tem a auto-estima suficiente para ser capaz de ver claramente as suas próprias necessidades, habilidades, pontos fortes e fracos, e a partir disto, ela vê onde pode ser mais útil à humanidade.
Uma vez que as necessidades básicas sejam satisfeitas, os próximos valores a requererem atenção se referem a ser. O primeiro destes valores é a auto-realização, que é a necessidade instintiva de um ser humano aproveitar ao máximo as suas capacidades únicas.

Acima disto, Maslow colocou a transcendência, que ele considerou como um valor espiritual. As universidades tradicionais tipicamente presumem que as questões espirituais estão além da compreensão dos seus estudantes, assim eles apresentam a hierarquia das necessidades humanas de Maslow de forma diferente. Elas a apresentam com a auto-realização como o objetivo humano primordial, e omitem o estágio da transcendência.

Os valores de ser da auto-realização e da transcendência são os aspectos mais elevados e mais belos da consciência humana. Eles incluem o amor incondicional, o altruísmo, a alegria interior, o amor à natureza, o desenvolvimento da intuição (em homens e mulheres), o idealismo e um senso de sabedoria que surge do interior. Estas habilidades desenvolvem as funções da criatividade e da intuição no cérebro direito.

Nos anos 50, Maslow acreditava que somente 2% da população tinham alcançado a auto-realização. Nos meados dos anos 60 mudou tudo isto, quando as massas de pessoas começaram a busca pelos valores mais elevados, tais como o amor incondicional e a sabedoria espiritual. Hoje em dia, este grupo de pessoas progressivas se desenvolveu de 2% para mais de 20% e está aumentando a cada ano.

A Mudança não é um subproduto temporário da geração baby boom, ou qualquer outra geração da cultura moderna. Não é uma moda passageira. Isto não irá desaparecer. É uma pressão cósmica que está se revelando e aumentando incansavelmente na frequência de toda a consciência no planeta.

É parte do plano do Ser Infinito que avancemos para a próxima fase da realização humana consciente. A Mudança é, colocada de forma bem simples, a mais maravilhosa transformação no registro da História. É onde a humanidade irá construir, literalmente, o Céu na Terra.

terça-feira, 27 de março de 2012

Medicação Preventiva


Pense muito, antes da discussão. O discutidor, por vezes, não passa de estouvado. Use a coragem, sem abuso. O corajoso, em muitas ocasiões, é simples imprudente.
Observe os seus métodos de cultivar a verdade. Muitas pessoas que se presumem verdadeiras, são veículos de perturbação e desânimo.
Proceda com inteligência em todas as situações. Não se esqueça, porém, de que muitos homens inteligentes são meros velhacos.
Seja forte na luta de cada dia. Não olvide, contudo, que muitos companheiros valentes são suicidas inconscientes.
Estime a eficiência. No entanto, a pretexto de rapidez, não adote a precipitação.
Não enfrente perigos, sem recursos para anulá-los. O que consignamos por dessasombro, muita vezes é loucura.
Guarde valor em suas atitudes. Recorde, entretanto, que o valor não consiste em vencer, de qualquer modo, mas em conquistar o adversário no trabalho pacífico.
Tenha bom ânimo, mas seja comedido em seus empreendimentos. Da audácia ao crime, a distância é de poucos passos.
Atenda a afabilidade e a doçura em seu caminho. Não perca, porém, o seu tempo em conversas inúteis.

André Luiz

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Porquê o Natal lembra Depressão?


Com a aproximação do Natal somos tomados por uma melancolia, tristeza e reflexões do que tivemos ou do que nos faltou.
As imagens simbolizando o Natal ou a movimentação nos lembra de uma infância, em que sonhávamos com um Papai Noel amável, que não nos esquecia, que sempre se lembrava de nós e como se em algum lugar, alguém viesse nos mostrar o quanto somos importantes  ou o quanto somos amados por alguém.
Esta é a magia do Natal, o desejo de sermos amados incondicionalmente por nossa família, por aquele que amamos e sempre temos a impressão que amamos mais do que somos amados!
E a magia de criança, se torna o pesadelo de agora, pois foram os sentimentos e ficaram apenas os presentes, que significa, comprei uma lembrancinha para você não ficar chateada!? Como assim?
- Tudo brilha, menos você.  Parece que o Natal serve  apenas  deprimi-lo e receber “forçadamente” o carinho dos próximos.
Fica o sentimento de vazio, de angústia,  ano após ano... E, no seu silencio interior, você grita uma pergunta, na esperança de que algo magicamente aconteça, quem sabe imaginando que algo novo possa tomar a frente. Sonhar acordada como criança!
 E a pergunta se repete ecoando das profundezas do seu psiquismo, da sua alma: - Até quando essa sensação de tristeza me perseguirá sempre no Natal? E por quê???

O Natal nos convida a renovação, mas parece que ficou faltando algo no meio do caminho. Sim aquela dose de amor, que imaginávamos merecer, a esperança de um dia este amor chegar e daí renovarmos a vida.
... E o dia do Natal vai chegando. Fatalmente, você se encontrará com a sua família, no mínimo se lembrará dela. Situações de afetos reprimidos, indefinidos ou situações que para você ficaram como desamor ou rejeição. E por mais que você lute contra, será assolado por inúmeras lembranças.
O Natal avisa a todos que o perdão deve estar presente em nossas vidas e no dia 25 esta é uma das questões que aparecem de modo emergencial. O clima do Natal o invade na medida em que convida você mesmo para se perdoar.

Neste período temos mais autoconsciência dos nossos momentos e de cada pessoa que nos faz sentir angústia, saudade, ou necessidade de colo.
Se você se identifica com estas sensações, sentimentos, lembranças e pensamentos, saudades, amores perdidos ...  Não se desespere, se renove e  escreva  tudo o que vier em sua mente numa folha em branco, dizendo para si o que sentiu e como quer sentir-se de agora para frente e pense o quanto isso pode ser possível, pois estamos em tempo de renovação e transformação pessoal.

Coloque-se como o responsável por sua vida, você não precisa ser vitima para sempre! Você pode brilhar pelas suas atitudes e sentimentos verdadeiros sem ser o culpado.
Aproveite o Natal, viva o carinho das pessoas que podem lhe oferecer, ofereça a quem deseja dar este carinho e faça você, a mágica que precisa para este natal!
Não espere o Papai Noel, mas receba de coração aberto o AMOR que Aquele Pai Maior, lhe enviou como consolador de nossas dores e aflições.
“Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”.
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á;
porque todos os que pedem, recebem; os que buscam, acham; e a quem bate se abre."
(Mateus, 7:7-8.)

Um  NATAL RENOVADOR  a todos !!!!!
Lucimaria Rangel -

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A paternidade muda o cérebro Homens ficam mais atentos e acolhedores com a chegada do bebê



 
® Lesley Rigg/Shutterstock

Por muitos anos os pais atuaram como coadjuvantes na educação dos filhos, assumindo a tarefa de prover o sustento, só cuidando diretamente deles em casos excepcionais, quando a mãe estava impossibilitada de dar conta dessa tarefa. Para o homem, trocar fraldas ou dar banho em seu bebê era algo atípico e até constrangedor. Mas com as transformações sociais e culturais das últimas décadas, que tornaram a presença feminina no mercado de trabalho cada vez mais forte, a divisão de tarefas dentro de casa precisou ser revista. Hoje parece distante essa época. Os homens ganharam o dever – mas também o direito – de acompanhar de perto cada etapa do desenvolvimento dos pequenos. Muitos que não tiveram um modelo paterno de maior proximidade física e afetiva precisaram descobrir (às vezes a duras penas) um novo jeito de ser pai. Os ganhos, porém, foram inegáveis, tanto para os adultos quanto para as crianças.


Hoje se sabe, por exemplo, que os homens influenciam as crianças de modo único: desempenham o papel de desafiá-las e instigá-las a desenvolver capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. Em um artigo de 1958, o psiquiatra britânico John Bowlby lançou uma ideia até então controversa, que ficou conhecida como teoria do apego: segundo ele, para se desenvolverem bem, todas as crianças necessitam de um relacionamento saudável e seguro com um adulto. Sua obra se atém à natureza do vínculo da criança com a mãe. No entanto, nos anos 70 surgiram os primeiros estudos realmente voltados para os pais: eles são tão capazes quanto elas de cuidar dos filhos. “Homens estão igualmente aptos a compreender o choro de seus bebês como sinal de fome ou de cansaço e responder a essa demanda da criança”, reconhece Bowlby. Diante de um recém-nascido irrequieto, adultos de ambos os sexos têm as mesmas respostas fisiológicas: alterações na frequência cardíaca, respiração e temperatura da pele. Assim como as mulheres, homens vendados conseguem distinguir seus bebês em meio a uma fileira de outros, numa enfermaria, apenas tocando suas mãozinhas. A psicóloga Anne E. Storey e seus colegas da Universidade Memorial de New-foundland, no Canadá, descobriram recentemente que o nível de testosterona dos pais diminuiu em um terço nas primeiras semanas após seus filhos terem nascido, uma mudança que sugere que o homem fica menos agressivo e mais acolhedor nesse período. Alguns representantes do sexo masculino podem até sofrer de depressão pós-parto: em uma avaliação de 2005 com 26 mil pais e mães, o psiquiatra Paul G. Ramchandani, da Universidade de Oxford, verificou que 4% dos homens apresentavam sintomas da patologia até oito semanas após o nascimento dos filhos.

Leia mais sobre o que acontece no cérebro de pais e mães na edição de dezembro de Mente e Cérebro, n° 227.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os Efeitos da Gratidão, Retorno garantido!!

Pesquisadores mostram como o sentimento de mostrar-se agradecido melhora o sono, além de diminuir a ansiedade e a depressão
O ato de cultivar uma “atitude de gratidão” tem sido relacionado por psicólogos a uma saúde me­­lhor, a um sono mais profundo, a menor ansiedade e depressão, a maior satisfação com a vida a longo prazo e a um comportamento mais gentil para com os outros, inclusive parceiros românticos.
Um novo estudo demonstra que sentir-se grato faz com que as pessoas se tornem menos passíveis de ficarem agressivas quando provocadas.
Mas, e se você não for do tipo grato? De acordo com os pesquisadores, comece com uma gratidão “light”. Esse é o termo usado por Robert A. Emmons, da Uni­­versi­­dade da Califórnia, em Da­­vis, para a técnica que ele utilizou em seus experimentos pioneiros conduzidos juntamente com Michael E. McCullough, da Uni­­versidade de Miami.
Eles instruíram as pessoas a manter um diário listando cinco coisas pelas quais elas se sentiam gratas, como a generosidade de um amigo, algo que aprenderam ou um pôr do sol que lhes tenha agradado.
O diário de gratidão era breve – só uma frase para cada uma das cinco coisas – e era preenchido só uma vez por semana, mas após dois meses houve efeitos significativos. Em comparação com o grupo de controle, os indivíduos que mantiveram o diário de gratidão eram mais otimistas e mais felizes. Eles relataram menos problemas físicos e passaram mais tempo se exercitando.
Outros benefícios foram observados num estudo de sobreviventes de poliomielite e outros com problemas neuromusculares. Aqueles que mantiveram um diário de gratidão relataram se sentir mais felizes e mais otimistas do que aqueles no grupo de controle, e esses relatos foram corroborados com observações de seus cônjuges. Essas pessoas gratas também adormeciam mais rapidamente à noite, tinham um sono mais longo e acordavam se sentindo mais renovadas.
“Se você quer dormir melhor, conte seus benefícios em vez de carneirinhos”, aconselha Em­­mons no livro Thanks! (“Obriga­­do!”, em tradução livre), sobre a pesquisa da gratidão.
Mas não confunda gratidão com endividamento. Claro, você pode se sentir obrigado a devolver um favor, mas isso não é gratidão, pelo menos não segundo a definição dos psicólogos. Endivida­­mento é um sentimento mais negativo e não resulta nos mesmos benefícios que a gratidão, que lhe inclina a ser gentil com todos, não somente um benfeitor.
Reação em cadeia
Num experimento da Univer­­sidade Northeastern, Monica Bartlett e David DeSteno sabotaram os computadores de cada participante e armaram para que um outro aluno os consertasse. De­­pois disso, os alunos que haviam sido ajudados eram mais passíveis de se voluntariarem para ajudar outra pessoa – um completo estranho – em alguma tarefa não relacionada. A gratidão promoveu carma bom. E se funciona com estranhos...
Tente com a sua família. Não importa o quão disfuncional ela seja, a gratidão ainda pode funcionar, diz Sonja Lyubomirsky da Universidade de Califórnia, em Riverside.
“Agradeça por cada gesto gentil ou generoso. Expresse sua admiração pelas habilidades ou talentos alheios – usar com destreza uma faca de cozinha, por exemplo. E dê ouvidos de verdade, mesmo quando o seu avô estiver lhe entediando novamente com a mesma história da Segunda Guerra Mundial”, diz.
Sentimento diminui agressividade
Um experimento recente da Universidade de Kentucky mostrou o que acontece quando você ataca alguém que o incomoda. Após entregarem uma redação, alguns alunos receberam elogios enquanto outros receberam uma avaliação mordaz: “Esta é uma das piores redações que eu já li!”
Depois, cada aluno jogou um jogo de computador contra a pessoa que havia feito a avaliação. O ganhador do jogo poderia administrar uma descarga de barulho contra o perdedor. Não é de surpreender que os redatores insultados retaliaram contra seus críticos submetendo-os a descargas especialmente altas – muito mais altas do que o barulho administrado pelos alunos que haviam recebido avaliações positivas.
Mas houve uma exceção a essa tendência entre um subgrupo dos alunos: aqueles que foram instruídos a escrever redações sobre coisas pelas quais eram gratos. Após esse exercício em contar seus benefícios, eles não se sentiram incomodados pela crítica negativa – ou pelo menos não se sentiram compelidos a aumentar o barulho contra seus críticos.
“A gratidão é mais do que só sentir-se bem”, disse Nathan DeWall, que orientou o estudo na Kentucky. Ao aumentar a empatia, ela ajuda as pessoas a ficarem menos agressivas. “É uma emoção com oportunidades iguais. Qualquer um pode experienciá-la e se beneficiar dela”.
Tradução de Adriano Scandolara.

sábado, 19 de novembro de 2011

Pesquisas atuais confirmam que um em cada 12 adolescentes londrinos se auto mutilam, sendo assim considerado um problema de saúde pública



cutting, isadora-contrabullying.blogspot.comNovo estudo publicado na Revista Lancet revela que um em cada 12 adolescentes londrinos, na maioria garotas, o hábito de se auto-mutilar(cutting) se encontra presente. Os adolescentes que têm o hábito de automutilação segundo os pesquisadores correm mais risco de suicídio
Os autores consideraram que a lesões autoprovocadas são uma 'janela de vulnerabilidade' que revelam o momento difícil da adolescência e a imaturidade de lidar com os sentimentos e emoções. "Essas lesões representam uma forma de lidar com essas emoções", dizem os autores, eles também sinalizam que esses adolescentes costumam ter problemas de saúde mental que não se resolvem sem tratamento.
Outra pesquisa realizada no Instituto de Psiquiatria do King’s College de Londres analisou 1.800 jovens com idades entre 15 e 29 anos entre os anos de 1992 e 2008. A pesquisa apontava que a combinação de mudanças hormonais e mudanças cerebrais na área do córtex pré-frontal (área que se associa ao planejamento, expressão e conduta) são fatores principais para as dificuldades emocionais e tensões familiares nessa fase.
Os cortes e queimaduras foram as mais recorrentes formas de auto-mutilação entre os adolescentes, junto com métodos de envenenamento e uso de drogas. Os autores disseram que, apesar de ser tranquilizador que quase 90% dos adolescentes que informaram ter se machucado tivessem deixado o hábito ao chegar à idade adulta, também vale reconhecer os altos riscos que correm os demais que continuam praticando.
Estudos anteriores demonstram que indivíduos que se machucam propositalmente e que sofrem alguma internação na adolescência são 100 vezes mais propensos ao suicídio do que a média da população. "Devido à associação entre lesões provocadas em si mesmo e suicídio, o tratamento de transtornos mentais durante a adolescência poderia constituir um componente importante da prevenção do suicídio em adultos", disse um dos autores.
Fonte: O Estadão

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"Solidão é uma ilha com saudade de barco"



Cultivar boas amizades ajuda a trabalhar o sentimento de solidão
Viver sozinho não significa ser solitário ou estar à parte da sociedade

É comum ouvirmos das pessoas que elas têm medo da solidão. Mas o curioso é que, segundo um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, que utilizou dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE, 6,9 milhões de pessoas vivem sozinhas no país e nos últimos 20 anos o número de brasileiros solitários triplicou.

Por que isso acontece? Os mais céticos afirmam que isso decorre do envelhecimento da população e do aumento na renda média do brasileiro. Ao mesmo tempo, isso também mostra um processo de individualização das pessoas.

Nos últimos anos, as famílias começaram a se estruturar de diferentes maneiras. Os filhos saem mais cedo de casa para estudar, enquanto os pais, muitas vezes, separam-se e casam novamente, sem, necessariamente, morar junto com seu novo(a) companheiro(a). Além disso, o mercado de trabalho se mostra aquecido em determinadas cidades e parado em outras, exigindo a migração das pessoas. A sociedade mudou e isso fez com que os indivíduos alterassem seu comportamento, buscando independência pessoal.

O fato é que, cada vez mais, o ser humano está aprendendo a viver sozinho e a solidão deixou de ser um "bicho papão". O comércio, de olho nessa nova fatia de mercado já adaptou bares e restaurantes para que o solitário não seja discriminado ou constrangido, treinando seus funcionários a evitar a pergunta: "o(a) Sr.(a) aguarda uma pessoa".

Do ponto de vista da psicanálise, a solidão é algo natural: "Nascemos sozinhos e morremos sozinhos". A ideia de que somos seres inteiros e não uma parte, também reforça isso e derruba de vez o conceito de "metade da laranja".

Uma pessoa terapeutizada passa a se entender melhor, descobre que ela mesma pode ser uma excelente companhia e se conscientiza de que é possível, sim, ser feliz sozinha sem, com isso, se isolar da sociedade.

Se preparar para a solidão tem sido uma das maiores buscas em meu consultório, pois em algum momento de nossas vidas estaremos sós e isso, ao contrário do que se imagina, também pode ser muito bom.

Confira algumas dicas para trabalhar a solidão:

1. Mantenha sempre a sua individualidade, mesmo vivendo a dois. Nunca se anule;

2. Crie o hábito de se interiorizar, medite;

3. Cultive amizades verdadeiras;

4. Faça terapia, pois o auxílio profissional pode ajudá-lo a desenvolver a autoconfiança e o autoconhecimento, que são essenciais para aprender a lidar e conviver com a solidão, sendo, desta forma, muito feliz.

"O homem solitário, todo aquele que se diz em solidão, exceto nos casos patológicos, é alguem que se receia encontrar, que evita descobrir-se, conhecer-se, assim ocultando a sua identidade na aparência de infeliz, de incompreendido e abandonado."

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lições de vida para famílias

Lições de vida para famílias
Em seu livro "lições de vida para famílias", Maria Tereza Maldonado enumera diversas sugestões que têm por objetivo auxiliar as pessoas a construir uma família harmoniosa, saudável e feliz.

Entre elas podemos ressaltar as seguintes:

Primeira: escute com atenção antes de falar; tente entender o que a pessoa realmente está dizendo, que pode ser muito diferente do que você acha que ela quer dizer.

Segunda: gentileza e boas maneiras são essenciais para construir um bom convívio familiar.

Terceira: aumente as opções de atividades prazerosas com seus familiares: conversar, brincar e jogar, ver bons filmes, passear.

Quarta: demonstre seu interesse em saber o que seus familiares estão fazendo, experimentando ou descobrindo na vida.

Quinta: para enviar mensagens fortes e eficazes para seus familiares, procure ter coerência entre palavras, gestos e atitudes.

Sexta: se você diz ‘não’ com muita freqüência, aprenda a dizer ‘sim’ com carinho. Se você diz ‘sim’ demais, aprenda a dizer ‘não’ sem culpa.

Sétima: tente criar, junto com seus familiares, maneiras eficazes de simplificar a vida para torná-la mais pacífica e prazerosa.

Oitava: aprender a tolerar frustrações é essencial para desenvolver paciência, compaixão e compreensão.

Nona: cada membro da família precisa descobrir meios eficazes e saudáveis de descarregar as tensões inevitáveis do dia-a-dia sem maltratar os outros.

Décima: os laços de sangue não garantem automaticamente a existência do amor, que precisa ser constantemente criado e bem cuidado ao longo da vida."

A oportunidade de estarmos inseridos em um determinado grupo familiar é uma abençoada oportunidade que nos é oferecida pelo Pai Criador.

Os laços familiares que hoje nos envolvem são aqueles que nos são necessários ao nosso crescimento e desenvolvimento moral e espiritual.

As dificuldades de relacionamentos, tão estranhas e inaceitáveis aos olhos do mundo, podem ter causa em fatos pretéritos que escapam às nossas lembranças.

Os filhos difíceis de hoje podem ser cúmplices ou vítimas de nosso passado equivocado.

Podemos ter sido seus algozes ou aqueles que, pensando agir por amor, possamos ter-lhes desviado do bom caminho.

Encontrarmo-nos hoje nesse grupo familiar não é obra do acaso, nem da desdita.

Em tudo há sempre a mão e a autorização de Deus.

Eis aí uma nova chance de resgate e de reparação.

Aproveitemo-la.

Façamos a parte que nos cabe, nessa nobre tarefa que é viver em família.

Sejamos dignos, honrando os compromissos que assumimos perante Deus e perante os homens, educando os pequeninos e educando a nós próprios.

Vençamos os vícios que ainda azedam nossos dias e infelicitam nossos companheiros de jornada.

Abandonemos a reclamação vazia e inócua.

Superemos a preguiça e a omissão.

Abracemo-nos e unamo-nos em prol desse objetivo tão importante e básico que é viver bem em família, a fim de que possamos conviver do mesmo modo com toda a humanidade. 

Com base no livro Lições de vida para famílias, de Maria Tereza Maldonado.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Exercício para Acabar com a Tristeza

Já percebeu como nos frustramos por esperar demais das pessoas? Taí um erro. Pois é, o que não conseguimos entender é que até os entes mais queridos não têm condições de dar o que queremos ou simplesmente não querem dar, afinal todos são livres para fazer as próprias escolhas. E você aceita isso? Não, né? Ninguém aceita uma recusa…

não espere nada de ninguém! Se vier, ótimo. Se não, siga em frente, sem alimentar o seu lado vítima, o “pobre de mim”.
Quer saber? Como posso me desapontar comigo mesmo, também não espero nada de mim. Viu só? Incorporar certas idéias pode dar aquela leveza de que precisamos na vida.



Agora procure um lugar calmo e leia o trecho abaixo:

“Eu estou aqui, vivo a vida com seus desafios. Eu não sou coitada e nem vítima dessa situação. Eu solto e assumo minha coragem! Assumo minha vontade de ir e a necessidade de elevar meu astral. Eu me alegro por falar o que quero. Por expressar meus sentimentos como são. Sim, eu posso me manter tranqüila, deixando que as pessoas cuidem de seus problemas e assumindo os meus. Eu posso me manter tranqüila não esperando nada de ninguém. Porque decido ter humor e não levar as coisas exageradamente a sério. Eu posso agir seriamente e sorrir sempre. Posso rir e jogar fora mágoas, tristezas e desilusões. Hum, que bom jogar fora as desilusões… Mais do que tudo isso, me aceito. Sou assim. Tenho uma série de defeitos e fraquezas. Mas é o que sou, é o jeito que eu sei fazer. Quero estar bem comigo. Os outros não fazem por mim. Eu me viro e vivo bem. Aconteça o que acontecer, eu me viro e vou arriscar.”



Uma das chaves para sair da tristeza é arriscar. Então vamos lá, arregace as mangas, pise fundo e coloque uma coisa em mente: a gente vai ter sempre que enfrentar algo na vida. Encare-a, portanto, com boa vontade, bom sentimento e o seu melhor. 
Abra-se e viva a vida!!!



Sindrome da Vítima


Síndrome de Vítima


A incapacidade de aceitar o mundo como ele é...


Todo o comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bastante distintos: aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca. Nossa postura na vida depende do modo como estabelecemos essa relação: a relação entre nós e os outros, entre nós e os membros da nossa família, entre nós e outros membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho, entre nós e a realidade externa. A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre essas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima.


O que é a vítima? A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo. Ela consegue ver apenas a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo. Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer. A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as outras pessoas.


Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem. E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é à outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas.


A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar‚ escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, as deficiências da parte que nos cabe. Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas. A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer. Sofrendo de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a idéia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser. Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contato com a realidade. A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.

Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada. Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes.


Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor. Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante. Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais. Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence. A nossa fantasia está em querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes. Todos nós temos parte da responsabilidade naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver. Os problemas da nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel. Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução. Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis. Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora. Generalizamos para não solucionarmos, e como tudo aquilo que nos acontece está vinculado à realidade, todas as vezes que quisermos encontrar desculpas para nós basta olhar a imperfeição externa.


Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia. A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo. Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio. A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros é que não prestam. Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros têm que mudar.


A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas.

A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo. É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas.


Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação. As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer.


Autor doTexto: Antônio Roberto Soares

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DEZ MANEIRAS DE AMAR A NÓS MESMOS!!

1 - Disciplinar os próprios impulsos.
2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.
3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.
4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.
5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.
6 - Evitar as conversações inúteis.
7 - Receber o sofrimento o processo de nossa educação.
8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.
9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.
10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.
Do livro: Paz e Renovação.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Doença Como Caminho de solução?




Este texto é uma indicação de leitura do livro "A Doença Como Caminho", de Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke, que trata do conteúdo psicológico associado a vários tipos de doenças e incidentes, os quais por não conseguirmos trabalhar / montar adequadamente em nossa psique, passam a fazer parte da nossa "sombra", não sendo percebidos conscientemente, manifestando-se, então, em nosso corpo físico, para que assim os possamos vivenciar, para superar e integrar seus conseqüentes desafios e ensinamentos.
Por fazerem parte de nossa "sombra", habitando exatamente nosso inconsciente, e não o consciente, o mais normal é que não aceitemos estar vivendo ou ter alguma coisa haver com quaisquer dos assuntos levantados em relação às perguntas e questões associadas às doenças citadas. O mais normal é negarmos a existência das situações cogitadas em relação a nossas vidas...
A nosografia é uma prática milenar que se constitui na descrição sistemática das doenças, que é exatamente do que trata o livro aqui indicado. Esse tipo de abordagem tem uma diferenciação fundamental em relação aos remédios (que são necessários dentro de contextos específicos, diferente do uso banalizado que vêm tendo), pois age focando a causa das doenças, enquanto os remédios agem sobre os efeitos, sem nada acrescentarem ao processo de trabalho das causas a não ser fazer com que a pessoa possa ganhar algum tempo para se recompor, o que perde o efeito e sentido nas abordagens com medicações a médio e longo prazos. Focar a causa das doenças nos leva à questão de qual a memória/lembrança a ser resgatada pela pessoa(*), de modo a tornar-se novamente uma manifestação da perfeição universal.
(*) bem como do entendimento do porque da experiência de vida dolorsa pela qual está passando.
Aqui estão apenas algumas das doenças listadas e num resumo muito geral, contendo apenas a parte de questões levantadas em alguns capítulos, além de um texto na íntegra sobre "depressão", para servir como exemplo. Vale a pena ler o livro, que traz além deste "guia rápido" copiado aqui, a análise e interpretação ligada aos diversos sistemas do corpo físico, e possuí-lo posteriormente como guia para consultas quando oportuno.

Ao final, segue ainda uma lista complementar sobre o mesmo assunto com a visão da psicóloga americana Lois L
Infecção - um conflito que se materializouQuem mostra predisposição a inflamações está tentando evitar conflitos.
No caso de contrairmos uma doença infecciosa, devemos nos fazer as seguintes perguntas:
1 - Qual o conflito existente em minha vida que até agora eu não vejo?
2 - Que conflito estarei evitando?
3 - que conflito tento fingir que não existe?
Para descobrir que conflito se trata, basta prestar atenção ao simbolismo do órgão afetado ou da parte doente do corpo.
Alergia - uma agressividade que se materializouA pessoa alérgica deve fazer a si mesma as seguintes perguntas:
1 - Por que não suporto tomar consciência da minha agressividade, e a transfiro para a manifestação corporal?
2 - Quais âmbitos da vida me inspiram tanto medo que procuro evitá-los?
3 - Para que temas apontam os meus alérgenos?
4 - Até que ponto uso minha alergia para manipular o meio ambiente?
5 - Como encaro o amor, qual é a minha capacidade de amar?
Respiração - Assimilação da VidaNo caso de doenças que tenham relação com a respiração, a pessoa doente deve fazer a si mesma as seguintes perguntas:
1 - O que me faz sentir falta de ar?
2 - O que me recuso a aceitar?
3 - O que estou evitando dar?
4 - Com o que não desejo entrar em contato?
5 - Acaso terei medo de dar o passo para uma nova liberdade?
AsmaPerguntas que a pessoa asmática deve fazer a si mesma:
1 - Em que âmbitos da vida quero receber sem dar nada em troca?
2 - Consigo confessar conscientemente minhas agressões? Que possibilidades disponho para expressá-las?
3 - Como lido com o conflito entre a vontade de dominar e a sensação de inferioridade?
4 - Quais setores da vida valorizo e quais rejeito? Posso sentir algo do medo que fundamenta meu sistema de valores?
5 - Quais setores da vida procuro evitar por considerá-los sujos, baixos, ignóbeis?
Não se esqueça: Sempre que se sente uma limitação, ela de fato é medo! O único modo de combater o medo é expandindo-se. A expansão ocorre se a pessoa deixar entrar aquilo que até agora rejeitou!
Males Estomacais e DigestivosNo caso de males estomacais e digestivos, devemos nos fazer as seguintes perguntas:
1 - O que não posso ou não quero engolir?
2 - Algo está me moendo por dentro?
3 - Como lido com meus sentimentos?
4 - O que me deixa tão azedo?
5 - Como expresso a minha agressividade?
6 - Como fujo dos conflitos?
7 - Existe em mim alguma saudade reprimida de um paraíso infantil, livre de conflitos, em que eu só seja amado e cuidado, sem precisar me esforçar para nada?
Doenças HepáticasA pessoa que sofre do fígado deve fazer a si mesma as seguintes perguntas:
1 - Em que âmbitos perdi a capacidade de fazer uma avaliação e uma discriminação corretas?
2 - Onde é que não consigo mais decidir entre aquilo que posso suportar e aquilo que é um "veneno" para mim?
3 - Em que sentido ando cometendo excessos? Até que ponto estou "voando alto demais" (ilusões de grandeza) e onde venho ultrapassando os limites?
4 - Acaso me preocupo comigo mesmo e com o âmbito da minha "religio", de minha religação com a fonte primordial? Ou o mundo da multiplicidade está impedindo minha percepção intuitiva? Os temas filosóficos ocupam uma parte muito pequena na minha vida?
5 - Confio nos outros?
Doenças dos OlhosQuem tiver problemas com os olhos, ou seja, com a visão, deve em primeiro lugar abandonar por um dia seus óculos (e/ou lentes de contato) e viver conscientemente a situação honesta de vida criada pelo fato. Depois desse dia, deve fazer um relatório honesto, descrevendo o modo como viu o mundo e as experiências que teve, o que pôde e o que não pôde fazer, no que foi impedido pela falta de visão, como lidou com o ambiente exterior etc. Um relatório como esse deve fornecer-lhe material suficiente para poder conhecer melhor sua personalidade, seu mundo e seu modo de ser. Essencialmente, deve responder às seguintes perguntas:
1 - O que não desejo ver?
2 - Minha subjetividade tem impedido meu autoconhecimento?
3 - Deixo de ver a mim mesmo nos acontecimentos?
4 - Uso a visão para obter uma percepção mais elevada?
5 - Tenho medo de ver os contornos rígidos (definidos) das coisas?
6 - Posso suportar, afinal, ver as coisas como elas são?
7 - Qual o âmbito de minha personalidade de que procuro desviar o olhar?
Doenças do OuvidoQuem tem problemas com os ouvidos, ou seja, com o ato de ouvir, deve de preferência fazer a si mesmo as seguintes perguntas:
1 - Por que não estou disposto a prestar atenção ao que os outros dizem?
2 - A quem ou a que não desejo obedecer?
3 - Há equilíbrio entre os dois pólos de minha personalidade, o egocentrismo e a submissão?
Dores de CabeçaQuem sofrer de dores de cabeça o tiver enxaquecas deve fazer a si mesmo as seguintes perguntas:
1 - Com que estou "quebrando a minha cabeça"?
2 - O "em cima" e o "embaixo" estão num equilíbrio dinâmico dentro de mim?
3 - Estou me esforçando demais para subir? (cobiça)
4 - Sou um cabeçudo e tento derrubar os obstáculos com a cabeça?
5 - Tento substituir a ação pelo pensamento?
6 - Estarei sendo honesto no que se refere aos meus problemas sexuais?
7 - Por que transfiro o orgasmo para a cabeça?
Doenças de PeleQuem teve afecções cutâneas deve fazer a si mesmo as seguintes perguntas:
1 - Acaso estarei me isolando demais?
2 - Qual é a minha capacidade de estabelecer contatos?
3 - Por trás da minha atitude defensiva não haverá um desejo de intimidade?
4 - O que será que deseja atravessar os limites a fim de se tornar visível (sexualidade, desejo, paixão, agressividade, satisfação)?
5 - O que é que de fato está "coçando" dentro de mim?
6 - Acaso resolvi viver no ostracismo?
Doenças RenaisQuando temos alguma coisa nos rins devemos fazer a nós mesmos as seguintes perguntas:
1 - Quais problemas me afligem no âmbito conjugal?
2 - Acaso tenho tendência a estagnar na projeção e, desta forma, a considerar os erros do meu parceiro como problemas que só dizem respeito a ele?
3 - Deixo de ver a mim mesmo no modo como o meu parceiro se comporta?
4 - Ando me apegando a velhos problemas e, deste modo, interrompendo o fluxo do meu próprio desenvolvimento?
5 - A que salto para o futuro meu cálculo renal está tentando me estimular?
Os males da BexigaDoenças na bexiga sugerem as seguintes perguntas:
1 - A quais âmbitos me apego, embora ultrapassados, e só à espera de serem eliminados?
2 - Em que ponto me coloco sob pressão e a projeto para os outros (exames, o chefe)?
3 - Que assuntos gastos devo abandonar?
4 - Por que choro?
Doenças CardíacasNo caso de perturbações e doenças cardíacas devemos fazer as seguintes perguntas:
1 - Há equilíbrio entre meu coração e minha cabeça, entre a compreensão e o sentimento? Eles estão em harmonia?
2 - Dou espaço suficiente para meus próprios sentimentos, me atrevo a demonstrá-los?
3 - Vivo e amo de todo coração ou apenas participo, sem grande entusiasmo?
4 - Minha vida transcorre num ritmo animado ou a forço a dotar um ritmo rígido?
5 - Ainda há combustível e explosivos suficientes em minha vida?
6 - Tenho escutado a voz de meu coração?
Distúrbios do SonoA insônia deve servir de motivo para se fazer as seguintes perguntas:
1 - Até que ponto dependo do poder, do controle, do intelecto e da observação?
2 - Acaso posso me desapegar?
3 - Como desenvolvo minha capacidade de entrega e minha sensação de uma confiança básica?
4 - Acaso me preocupo com o lado sombrio da minha alma?
5 - Quão grande é o meu medo da morte? Já me reconciliei o suficiente com ela?

Uma necessidade exagerada de dormir suscita as seguintes questões:
1 - Ando fugindo da atividade, da responsabilidade, da conscientização?
2 - Vivo num mundo quimérico e tenho medo de acordar para a realidade da vida?
 
Lista das Correspondências Psíquicas
dos Órgãos e Palavras-chave para as Partes do Corpo
Bexiga - Pressão, desapego
Boca - Disposição para receber
Cabelos - Liberdade, poder
Coração - Capacidade de amar, emoção
Costas - Correção
Dentes - Agressividade, vitalidade
Estômago - Sensação, capacidade de absorção
Fígado - Avaliação, filosofia, religioGengivas - Desconfiança
Intestino delgado - Elaboração, análise
Intestino grosso - Inconsciente, ambição
Joelhos - Humildade
Mãos - Entendimento, capacidade de ação
Membros - Movimentos, flexibilidade, atividade
Músculos - Mobilidade, flexibilidade, atividade
Nariz - Poder, orgulho, sexualidade
Olhos - Discernimento
Ouvidos - Obediência
Órgãos genitais - Sexualidade
Ossos - Firmeza, cumprimento das normas
Pele - Delimitação, normas, contato, carinho
Pênis - Poder
Pés - Compreensão, firmeza, enraizamento, humildade
Pescoço - Medo
Pulmões - Contato, comunicação, liberdade
Rins - Parceria, discernimento, eliminação
Sangue - Força vital, vitalidade
Unhas - Agressividade
Vagina - Entrega
Vesícula biliar - Agressividade
A Depressão
Depressão é um termo geral para um quadro sintomático que vai de um mero sentimento de abatimento até uma perda real da motivação para viver, ou a assim chamada depressão endógena, que é acompanhada de apatia absoluta. Ao lado da inibição total das atividades e de uma disposição abatida de ânimo, encontramos na depressão sobretudo um grande número de sintomas colaterais físicos, como cansaço, distúrbios do sono, falta de apetite, prisão de ventre, dores de cabeça, taquicardia, dores na coluna, descontrole menstrual nas mulheres e queda do nível corporal da energia. A pessoa depressiva é atormentada pela sensação de culpa e vive se auto-repreendendo; está sempre ocupada em voltar às boas (fazer as pazes) com tudo. A palavra depressão deriva do verbo latino deprimo, que significa "subjugar" e "reprimir". A questão que surge de imediato se refere ao que a pessoa deprimida sente, se está sendo subjugada ou se está de fato reprimindo alguma coisa. Para responder à questão temos de considerar três âmbitos relativos ao assunto:
1 - Agressividade: Num trecho anterior do livro dissemos que a agressividade que não é exteriorizada acaba por se transformar em dor física. Poderíamos completar essa constatação ao dizermos que a agressividade reprimida leva, no âmbito psíquico, à depressão. A agressividade cuja manifestação é impedida, bloqueada, volta-se para dentro de tal forma que o agressor acaba por tornar-se a vítima. A agressividade reprimida acaba sendo responsável não só pela sensação de culpa, mas também pelos inúmeros sintomas colaterais que a acompanham, com seus vários tipos de sofrimento. Já dissemos, num momento anterior, que a agressividade é tão-somente uma forma específica de energia vital e de atividade. Sendo assim, aqueles que ansiosamente reprimem seus impulsos agressivos reprimem ao mesmo tempo toda sua energia e atividade. Embora a psiquiatria tente envolver as pessoas deprimidas em algum tipo de atividade, elas simplesmente acham isso uma ameaça. De forma compulsiva, elas evitam tudo o que possa suscitar desaprovação e tentam ocultar seus impulsos destrutivos e agressivos, vivendo de maneira irrepreensível. A agressividade dirigida contra a própria pessoa chega ao auge no caso do suicídio. Tendências suicidas sempre são um alerta para que observemos a quem são dirigidas de fato as intenções assassinas.
2 - Responsabilidade: À exceção do suicídio, a depressão sempre é, em última análise, um modo de evitar responsabilidades. Os que sofrem de depressão já não agem; meramente vegetam, estão mais mortos do que vivos. No entanto, apesar de sua contínua recusa em lidar de forma ativa com a vida, os depressivos são acusados pela responsabilidade que entra pela porta de trás, ou seja, por sues próprios sentimentos de culpa. O medo de assumir responsabilidades passa para o primeiro plano exatamente quando essas pessoas têm de entrar numa nova fase da vida, tornando-se bastante visível, por exemplo, na depressão puerperal.
3 - Recolhimento - solidão - velhice - morte: Estes quatro tópicos intimamente relacionados servem para resumir as áreas mais importantes dos três temas anteriores, mostrando quais são os nossos pressupostos básicos para refletir sobre eles. A depressão provoca o confronto dos pacientes com o pólo mortal da vida. As pessoas que sofrem de depressão são privadas de tudo o que de fato está vivo, como o movimento, a mudança, o companheirismo e a comunicação. Em sua vida, é o pólo oposto que se manifesta, ou seja, a apatia, a rigidez, a solidão, os pensamentos voltados para a morte. Na verdade, embora esse aspecto mortal da vida seja sentido com intensidade na depressão, ele nada mais é do que a própria sombra do paciente.
Nesse caso, o conflito está no fato de a pessoa deprimida ter tanto medo de viver como de morrer. A vida ativa traz consigo uma culpa e uma responsabilidade inevitáveis e esses são sentimentos que o deprimido faz questão de evitar. Aceitar responsabilidade é o mesmo que abandonar todas as projeções e aceitar a própria singularidade, ou o fato de estar só. Personalidades depressivas, no entanto, têm medo de fazer isso e, portanto, precisam apegar-se aos outros. A separação que, por exemplo, a morte de pessoas íntimas lhes impõe, pode servir de estímulo para a depressão. Os depressivos são, antes de mais nada, abandonados por conta própria, e viver por conta própria, assumindo responsabilidades, é a última coisa que querem fazer. Ter medo da morte é um outro fato que não lhes permite suportar a condicionalidade da vida. A depressão nos torna honestos: ela revela a nossa incapacidade tanto para viver como para morrer.
Segundo a psicóloga americana Lois L. Há, todas as doenças que temos são criadas por nós. Ela afirma que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. "Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão", diz a psicóloga.

Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empancados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento. A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louis. 
DOENÇAS/CAUSAS:

AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.
APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.
ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.
ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.
BRONQUITE: Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.
CÂNCER: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.
DERRAME: Resistência. Rejeição a vida.
DIABETES: Tristeza profunda.
DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.
DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.
ENXAQUECA: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.
FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.
GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.
HEMORROIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
INSONIA: Medo, culpa.
LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.
MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.
NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.
PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.
PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.
PRESSÃO BAIXA: Falta de amor em criança. Derrotismo.
PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
PULMÕES: Medo de absorver a vida.
QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.
RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.
REUMATISMO: Sentir-se vítima. Falta de amor. Amargura.
RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
RINS: Crítica, desapontamento, fracasso.
SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.
TIREÓIDE: Humilhação.
TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.
ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.
VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.