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quarta-feira, 23 de junho de 2010







1 A MURALHA: barreira, muro grande, algo intransponível...
A grande muralha que o DQ cria é psicológica - psiché [alma], nos sentimento [emoções, afetos] mental, intelectual, racional. As conseqüências é que vai crescendo a muralha psicológica que separa a REALIDADE [dependência química] da FANTASIA = ILUSÃO [ex. mecanismos defesa] sustentada pelo alicerce do ORGULHO [ex. vergonha/medo/ raiva etc.]
O primeiro passo é conhecer os mecanismos de NEGAÇÃO [parar de negar a vida de DQ]
O segundo passo é começar a pôr dentro a sua ACEITAÇÃO [aceita a ação]
ACEITAÇÃO - aceitar a realidade [o que se sente] e os retornos [o que se escuta], por para
dentro e não jogar fora; vou ter negação ou não, vou ter raiva ou não, barganha pode haver ou
não, vou sentir indiferença ou não, vou fazer a reflexão, nesse ponto posso ter aceitação da
realidade sentida e/ou retornos ouvidos, e não aceitação é que o não me serviu eu jogo fora.
2 MECANISMOS DE DEFESA
2-1 fantasia
- negação uso pouco, uso da natureza, só maconha, só álcool, não uso mais, vou parar.
- minimização diminuir o uso, só no final de semana, um copinho, uma dose, uma caipirinha.
- maximização aumento dos problemas com o uso da droga [baixa auto-estima e autopiedade].
- manipulação mentira, chantagem com motivo [usa o sentimento do outro para alcançar um objetivo ou aprovação: o uso/compra da droga].
-justificativa é a 3a fase do uso da droga, pôr ir mal no emprego: bebe, briga com a esposa bebe.
- atenção ou memória seletiva autocentrada registra somente o que interessa a si; o processo de centralizar num só assunto, pôr exemplo de 1.000 DQ em recuperação um volta a beber sem problemas, e eu penso/ajo "sou um desses 1.000".
Intelectualização e racionalização usam de todos artifícios mentais para esconder a drogadição, usa de raciocínio lógico.
- projeção cobrir de culpa o próximo.
-autopiedade não nega beber.
-desfocalização deslocar o assunto da sua dependência/outros sentimentos/fatos/pessoas.
2-2 mecanismos de defesa:
A - a realidade é rejeitada [relativo a comportamento]
A.1 - isolamento social
Tendência a voltar-se para si mesmos, evitando todo tipo de confronto da realidade, é uma forma de fuga dos próprios sentimentos. Exprime-se como falta de iniciativa, incerteza sobre o seu próprio desempenho falta de planificação, dedicação às coisas de rotina para fugir do novo EU de mudanças.
A.2 - agressividade [ver como pedido de ajuda]
Trata-se de curto-circuito entre o estímulo e a ação. São ações impulsivas, as cabeças, os atos autodestrutivos, as rebeliões provocativas, os desatinos obstinados. Podendo ser vista por dois ângulos
1- Com esse ato, a pessoa inconscientemente procura remover de si, toda consideração da realidade, sem planificação, ou seja, sem pensar "no que devo" ou "no que quero" fazer.
2- É o modo de admitir a própria dependência, e em um nível mais profundo, "é o medo da perda do EU", do papel que se está vivendo.
A.3 - prepotência
É um pedido disfarçado. Um tipo de agressividade que trás embutido uma tensão a ser descarregada devido à presença de uma mensagem, mas que é por ele mesmo recusada. Essa mensagem pode ser vista como pedido de ajuda nas áreas de afeto, saúde física e mental, profissional, desejos e de relacionamentos.
A.4 - desafio
É uma reação de alguém que se sente ameaçado por alguma coisa ou pessoa, para assumir imaginariamente as suas qualidades, no caso o desafio. Sentindo-se um desafiador, reduz ou elimina o medo de continuar vivendo o seu papel, ou seja, de ver os supostos direitos agredidos.
A.5 - impulsividade
Consiste em assimilar transitoriamente uma pessoa real ou representar um papel da mesma, havendo uma identificação com ela a ponto de experimentar como feito a si, o que de fato é feito a essa pessoa. Este é um evidente comprometimento para a personalidade.
A.6 - intolerância
É um comportamento que claramente a intransigência, que pode retratar uma austeridade de cará
ter contrário aos princípios de liberdade. É uma recusa à convivência com credos e a prática de costumes diferentes de seus próprios, esta rejeição tem uma ligação às coisas que não posso modificar.
A.7 - projeção
É um comportamento contra os perigos que vem de fora, mas se o perigo vem de dentro, sua própria energia é colocada em crise: projetando, o perigo é transferido ou exteriorizado, sendo dessa forma "eliminado".
Pode ser vista de duas maneiras:
1-Transferindo o mal estar pelo qual está passando para o outro, exemplo "Não sou eu que estou nervoso, é você que não está bem".
2-Atribui aos outros, os motivos que explicariam as próprias perturbações, exemplo "Eu estou nervoso, mas foi você quem me fez ficar nervoso".
A.8 - negação
Consiste em criar bloqueios de certas percepções de mundo externo, ou seja, inconscientemente nega situações intoleráveis de uma realidade externa, para proteger-se de um sofrimento. Assim a criança fecha os olhos e acredita que não é vista pelos outros. O dependente químico num processo de autodestruição nega a sua realidade. Da mesma forma que o familiar do dependente nega o seu envolvimento, ou mesmo, a sua auto-anulação.
A.9 - fixação ou regressão
É um mecanismo de defesa que protege a pessoa do medo da destruição pelo confronto pessoal com as dificuldades de sua situação real, o que ao mesmo tempo, lhe impede de crescer e de amadurecer. Um eterno vir-a-ser. Um eterno anular-se, não buscando atingir metas criadas, que pode riam ser atingidas.
A.10 - negligenciar o presente
Através deste mecanismo, um impulso ou sentimento é inconscientemente deslocado de um objeto ou pessoa original para outro substituto. Através deste comportamento, o indivíduo é protegido do sofrimento que resultaria da consciência da real origem de um problema. Seus efeitos podem vir à tona, mas o motivo original é disfarçado, ou seja, não é reconhecido.
1-O familiar passa a reprimir ou hostilizar os companheiros do seu dependente, como forma de uma transferência de seus impulsos agressivos e os temores originalmente dirigidos aos pais, esposa [o] ou filhos do dependente.
2-O dependente químico passa a culpar ou hostilizar seus familiares, a empresa, sociedade, como forma de não querer reconhecer que seus impulsos agressivos e seus temores se originam da maneira abusiva de usar o álcool ou a droga.
B - a realidade é transformada [imaturidade relativo à imagem.
B.1 - onipotência
São fantasias e comportamentos que traduzem uma pretensão de poder absoluto. Tendência à grandiosidade, desejo doentio de possuir objetos a serviço do seu EU, convicção inconsciente de ter direito de receber honras e reverências, pretensão de ser perfeito e de ser tratado como alguém privilegiado, especial. Deprecia tudo aquilo que ofusca a própria segurança. No fundo há um sentimento de insegurança, inferioridade e ausência de capacidade de amar em seus confrontos ou relacionamentos.
B.2 justificar
Quando a pessoa não consegue realizar o que pretende ou quando se sente ameaçada por algo de fora dela. Justificando, busca identificar-se com esta imagem. Satisfaz inconscientemente o imperioso desejo narcisista de "ser como", mas para tanto justifica todas as suas atitudes. Tendo sempre sua vida nas mãos das outras pessoas.
B.3 - auto- agressividade
Consiste em simplesmente excluir da consciência os impulsos perigosos ao "EU". O processo funciona como o esquecimento, podendo-se chegar a não se dar conta de certas realidades que o cerca ou de seu próprio "EU" [despersonalização]. Existe neste mecanismo a cegueira psíquica, a paralisia psíquica, gerando uma raiva por si mesmo.
B.4 - fantasia
É um conjunto de idéias ou imagens mentais que procuram resolver os conflitos emocionais, através da satisfação imaginária dos impulsos. Este mecanismo reveste-se de um caráter doentio quando tende a impedir continuamente a resolução dos conflitos, a satisfação real dos impulsos vitais e o contato com realidade.
B.5 - compensação
É o processo pelo qual um impulso é modificado de forma a ser expresso de conformidade com as demandas do meio. Este processo inconsciente é considerado sempre com uma função normal do "EU normal. Embora o impulso original não seja consciente, não existe a repressão, pois ao deparar com a rejeição pela consciência, o impulso é desviado para canais aceitos.
B.6 - transferência ou sublimação
C - a realidade é reinterpretada neuroticamente
C.1 - formação reativa
A pessoa pensa sente e faz o contrário, do que instintivamente pensaria, sentiria ou faria. É também chamada transformação no contrário. É expressar um pensamento, afeto ou comportamento que na forma ou direção manifestada, são diretamente contrárias ao impulso inaceitável que está por de trás do tipo de conduta. Esta defesa se reconhece pelo excesso. Exemplo - Esconder o medo com atitudes temerárias; insistir exageradamente sobre algum hábito ou uso indevido de álcool ou outras drogas, mais pela ansiedade, que por amor à verdade e ao bem
C.2 - introjeção/isolamento
É um processo psíquico mediante o qual o indivíduo se isola da carga emotiva ligada a um acontecimento qualquer, permanecendo emocionalmente frio. A emoção retida, geralmente acaba por se expressar mais tarde de modo imprevisto, com efeito, totalmente desproporcional à respectiva causa aparente, seja ela por explosão de cólera, de choro ou por um ato sexual aparentemente inexplicável.
C.3 - racionalização
É um mecanismo mental empregado pelo "EU" para justificar. É como uma desculpa apresentada para explicar uma atitude ou um comportamento social ou pessoalmente pouco aceitável. Exemplo - Atribuir a irritabilidade ao calor, atribuir o seu mal estar ao marido, esposa, filho, patrão. O atraso a um encontro pouco desejável, ao trânsito, quando na realidade não se quisesse este encontro. Não busca a verdade, mas a autodefesa, pelo que a idéia é levada adiante com rigidez e intolerância. Quem usa a racionalização termina ele mesmo por acreditar nas desculpas que apresenta.
C.4 - repressão ou recalque
É um processo automático que mantém fora da consciência, impulsos, idéias ou sentimentos inaceitáveis os quais não podem tornar-se conscientes através da evocação. É um mecanismo de defesa básico e percebe a maioria dos outros, funciona como reforços, quando a repressão é incompleta.
C.5 - intelectualização
É o uso defensivo da razão, menos elaborado. Consiste em evitar o problema prático, enfrentando-o a nível teórico. Controlam-se os afetos e os impulsos com a reflexão abstrata mais que se refazendo na experiência. É um excesso de pensamento, privado do componente afetivo.
D - a realidade é aceita [mecanismos protetores de controle] supressão, antecipação, humorismo.

O AMOR QUE PODE SER DEMAIS E A CO-DEPENDÊNCIA

As Pessoas que Sofrem
Como esses transtornos psíquicos, muitos outros podem comprometer a felicidade e a qualidade da vida de relação. O sofrimento é significativamente aumentado pela consciência que tem a pessoa que sofre de seu problema, ou seja, ela sabe que não deveria estar amando a pessoa problemática, mas, ao mesmo tempo, não consegue deixá-la, ou deixar de amá-la.
Diante da impotência de deixar quem a faz sofrer, a pessoa recorre a alguns mecanismos de defesa do Ego, principalmente a negação, onde o problema é sistematicamente negado. Ou ainda à racionalização, onde passa a argumentar que a pessoa irá, sem dúvida, melhorar com o amor e carinho que recebe, que fora os momentos de crise a pessoa é ótima, etc. No fundo essa pessoa sofredora sabe que nenhum dos dois mecanismos de defesa são verdadeiros, mas alivia a sensação de culpa ou impotência acreditar neles.
Em muitos casos, quem vive com a pessoa portadora de Amor Patológico ou outro transtorno capaz de produzir sofrimento e não consegue desvencilhar-se desse relacionamento, é também portadora de alguma dificuldade emocional. Trata-se da chamada Codependência 

Codependência é um transtorno emocional definido e relacionada aos familiares dos dependentes químicos, alcoolistas e mesmo com transtornos de jogo patológico ou outros problemas sérios da personalidade.
Codependentes são pessoas que vivem em função da pessoa problemática, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão interagindo com a pessoa problemática. As pessoas codependentes têm baixa auto-estima, intensos sentimentos de culpa e não conseguem se desvencilhar do relacionamento complicado.
O que parece ficar claro é que pessoas codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. Essa atitude patológica costuma acometer mães (e pais), esposas (e maridos) e namoradas(os) de portadores de Amor Patológico, Alcoolistas, Dependentes Químicos, Jogadores Compulsivos, alguns Sociopatas, etc.
O Amor Patológico, por sua vez, é predominante em mulheres e se caracteriza pela excessiva desconfiança e possessividade, em geral decorrentes de baixa auto-estima.
Homens ou Mulheres sofrem mais de Amor Patológico?
Talvez o Amor Patológico seja particularmente mais prevalente na população feminina porque as queixas são mais referidas pelas mulheres. As mulheres são mais sinceras em queixarem “que sofrem com o problema”, que são “obcecadas" ou "viciadas" pelo parceiro, ou que deixam de viver a própria vida para "viver pelo outro". Além disso, as mulheres costumam dar maior ênfase aos comportamentos amorosos, tais como as atividades mútuas, as ocasiões especiais, presentes, abnegação e sacrifícios pelo relacionamento.
Atualmente existem grupos de auto-ajuda trabalhando nesse tema, como é o caso do site Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA), basicamente excluindo quaisquer participações masculinas.
A proposta desse grupo MADA, baseada em livro do mesmo nome, é a recuperação para mulheres que têm como objetivo primordial se recuperar da dependência de relacionamentos escravizantes, destrutivos, aprendendo a se relacionar de forma saudável consigo mesma e com os outros.
O grupo MADA através de seu site transcreve aquilo que pode ser considerado as Características de Uma Mulher que Ama Demais. Em nosso caso, poderia ser aplicado aos portadores do Amor Patológico.
Segundo Robin Norwood, o grupo MADA recomenda algumas características da mulher que ama demais:
1. Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas.
2. Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com homens aparentemente carentes.
3. Como não pode transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e afetuosas de que precisava, reage fortemente ao tipo de homem familiar, porém inacessível, o qual tenta, transformar através de seu amor.
4. Com medo de ser abandonada, faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.
5. Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for para "ajudar" o homem com quem esta envolvida.
6. Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.
7. Está disposta a arcar com mais de 50% da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.
8. Sua auto-estima está criticamente baixa, e no fundo não acredita que mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de desfrutar a vida.
9. Como experimentou pouca segurança na infância, tem uma necessidade desesperadora de controlar seus homens e seus relacionamentos. Mascara seus esforços para controlar pessoas e situações, mostrando-se "prestativa".
10. Esta muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação.
11. Tem tendência psicológica, e com freqüência, bioquímica a se tornar dependente de drogas, álcool e/ou certos tipos de alimento, principalmente doces.
12. Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente, evita concentrar a responsabilidade em si própria.
13. Tende a ter momentos de depressão, e tenta preveni-los através da agitação criada por um relacionamento instável.
14. Não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens "agradáveis" são enfadonhos.


para referir:
Ballone GJ - Complicações do Amor, in. PsiqWeb, Internet - disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2007

DIFERENÇAS ENTE AMOR PATOLÓGICO, TRANSTORNO PERSONALIDADE, TRANSTORNOS DE CONTROLE DO IMPULSO E TRASNT. AFETIVOS

Algumas vezes circunstâncias patológicas podem causar sofrimento no amor, circunstâncias adversas em um dos amantes tornam o relacionamento muito problemático. 
Entre essas alterações temos, por exemplo, O Amor Patológico, os Transtornos de Personalidade, Transtornos no Controle dos Impulsos, Transtornos Afetivos, etc. Vejamos cada um deles:



1. - Amor   Patológico                                                                                                                                                                                                                                          


Embora se reconheça absolutamente a existência do Amor Patológico, sua caracterização clínica é ainda um pouco imprecisa. Havendo associação do Amor Patológico com algum transtorno psiquiátrico, a gravidade e manutenção deste alimentaria esses relacionamentos tensos e conturbados.
  É fenômeno decorrente de transtornos ansiosos e depressivos incidindo sobre personalidades específicas. Assim, em determinadas personalidades, diante de um eventual estado de estresse , predispondo a pessoa a extrema ansiedade, angústia, insegurança (entre outros fenômenos mais patológicos) favorecendo o surgimento do Amor Patológico.
Como acontece com o dependente químico, que se adere à "droga de escolha" para alívio da angústia, ansiedade, inibição psíquica, busca do prazer, o portador de Amor Patológico acredita que conseguirá tudo isso através do lenitivo proporcionado pelo “parceiro de escolha”                                                                                                                                                              

No início do sentimento amoroso, ocorre sempre uma agradável sensação de bem estar. Mesmo que a pessoa tenha depressão, a paixão exerce um efeito estimulante capaz de proporcionar alívio da angústia e dos sintomas depressivos.                                                                                                                                                                                                                                                                   O parceiro amado traria sensação de bem estar e alívio da angústia.
E de fato, parece não ser mesmo o sentimento de amor o causador dos malefícios do Amor Patológico, mas sim o medo da pessoa ficar só, o temor de vir a ser abandonada, de não ser valorizada. Isso tudo é que origina a falta de liberdade em relação às próprias condutas, o grande desconforto emocional e submissão obsessiva da pessoa portadora de Amor Patológico.
Portanto, em termos psicológicos parece que o “defeito” da patologia do amor não é o amor em si, propriamente dito, aquele amor “da atenção, carinho, zelo e cuidados em relação à pessoa amada”, citado acima. O Amor Patológico, por sua vez, parece ser descendente direto do medo, do medo egoísta de ficar só, do medo de alguém mais merecedor conquistar a pessoa amada, medo de não ter seu valor reconhecido como gostaria, de não estar recebendo o amor que acha merecido, de vir a ser abandonado (Moss, 1995).                                                                                                                                                                                                                                                                     Seria, portanto, muito mais um defeito do caráter de quem “acha” que ama demais, do que do sentimento amor.
De modo geral, o aspecto central no Amor Patológico é o comportamento repetitivo e sem controle de prestar cuidados e atenção (desmedidos ou não) ao objeto amado com a intenção de receber o seu afeto e evitar a perda. Para o diagnóstico é importante que essa atitude “zelosa” excessiva seja mantida mesmo diante de evidências concretas de que está sendo prejudicial para alguém.
Na realidade, parece que a alteração principal é no Ego do próprio paciente (invariavelmente inflado), que experimenta um pavor de sofrer a perda da pessoa amada, um medo gigantesco de não ser correspondido, um sentimento apavorante de ser traído, enfim, parece que a própria pessoa amada é apenas coadjuvante no relacionamento.
Classificação do Amor Patológico
  Asintomatologia do Amor Patológico é o comportamento caracteristicamente repetitivo e sem controle, obsessivamente dirigido à prestação de cuidados e atenção sufocante à pessoa amada. Há sinais da carência de críticas sobre o comportamento obcecado, notadamente quando essa atitude excessiva é mantida mesmo depois das concretas evidências de estar sendo prejudicial para a sua própria vida, da pessoa amada e/ou para seus familiares.

Sophia, Tavares e Zilberman comparam os critérios para diagnóstico de dependência química com as características normalmente apresentadas pelos portadores de Amor Patológico, e constatam que pelo menos seis deles são comuns às duas patologias:
1) Sinais e sintomas de abstinência -quando o parceiro está distante (física ou emocionalmente) ou perante ameaça de abandono, podem ocorrer: insônia, taquicardia, tensão muscular, alternando períodos de letargia e intensa atividade.
2) O ato de cuidar do parceiro ocorre em maior quantidade do que o indivíduo gostaria -o indivíduo costuma se queixar de manifestar atenção ao parceiro com maior freqüência ou período mais longo do que pretendia de início.
3) Atitudes para reduzir ou controlar o comportamento patológico são mal-sucedidas -em geral, já ocorreram tentativas frustradas de diminuir ou interromper a atenção despendida ao companheiro.
4) É despendido muito tempo para controlar as atividades do parceiro -a maior parte da energia e do tempo do indivíduo são gastos com atitudes e pensamentos para manter o parceiro sob controle.
5) Abandono de interesses e atividades antes valorizadas - como o indivíduo passa a viver em função dos interesses do parceiro, as atividades propiciadoras da realização pessoal e profissional são deixadas, como cuidado com filhos, atividades profissionais, convívio com colegas. entre outras.
6) 0 Amor Patológico é mantido, apesar dos problemas pessoais e familiares -mesmo consciente dos danos advindos desse comportamento para sua qualidade de vida, persiste a queixa de não conseguir controlar tal conduta.
2. - Transtornos de Personalidade
Os Transtornos de Personalidade, notadamente do tipo Anti-social, Explosiva, Histérica, Paranóide e Personalidade Obsessiva-Compulsiva são condições que comprometem significativamente a qualidade do relacionamento, fazendo sofrer não apenas a pessoa portadora desses transtornos como, igualmente ou mais, a outra que não consegue deixar de amar.
Os Transtornos da Personalidade caracterizam pessoas que não têm uma maneira absolutamente normal de viver (do ponto de vista estatístico e comparando com a média das outras pessoas), mas não chegam a preencher os critérios para um transtorno mental franco. Estas alterações são permanentes, e constituem uma espécie de Ego Patológico.                                                                                                                                                                                                                                                     2.1 - Personalidade Anti-Social
. Aqui, entre outras características, o descaso pelos sentimentos alheios, a incapacidade de arrependimento e de correção das atitudes erradas, o envolvimento continuado em comportamentos anti-sociais e outros delitos, faz com que a pessoa que os ama sofra continuadamente. Sofrerá mais ainda se, por conta do amor, persistir acreditando que um dia essa pessoa melhorará.                                                                                                                                                
2.2 -Personalidade Explosiva, ou Transtorno Explosivo Intermitente
. Neste caso, a ocorrência de episódios de grande impulsividade, agressividade, ou mesmo de destruição de propriedades deformam o relacionamento amoroso. Nesse transtorno o grau de agressividade do episódio é amplamente desproporcional a qualquer provocação ou desencadeante, fazendo com que a pessoa que convive com o portador desse tipo de personalidade experimente muito medo e insegurança.                                                                                                                                                                                                                                  
2.3 - Personalidade Histérica
. No histérico, o traço prevalente e unanimemente reconhecido é o “histrionismo”. A palavra, que significa teatralidade,  O histrionismo do histérico é representado por seu caráter afetado, exagerado, exuberante, como se estivesse fingindo.
A representação do histérico varia de acordo com as expectativas da platéia. É um comportamento caracterizado por colorido dramático, extrovertido e eloqüente, com notável tendência em buscar contínua atenção. Como se deduz, a convivência amorosa com esse tipo de pessoa, altamente manipuladora, é extremamente cansativa e sofrível.                                                                                                                                                                       
2.4 - Personalidade Paranóide
. Pessoas com Transtorno da Personalidade Paranóide têm como característica um padrão de comportamento de desconfiança e suspeita constante em relação aos outros, de tal modo que atitudes sem intenções maldosas podem ser interpretadas como tal. As pessoas com esse transtorno supõem que os outros os exploram, prejudicam ou enganam, ainda que não exista qualquer evidência apoiando esta idéia.
Eles suspeitam, com base em poucas ou nenhuma evidência que os outros, incluindo a pessoa amada, estão conspirando contra eles e que poderão prejudicá-los subitamente, a qualquer momento e sem qualquer razão. Evidentemente não é necessário dizer como sofrem as pessoas que, infelizmente, deixaram que o amor surgisse por pessoas assim.                                                                                
2.5 - Personalidade Obsessiva-Compulsiva
. A Personalidade Obsessivo-Compulsiva faz com que a pessoa tenha uma preocupação exagerada com organização, perfeccionismo e controle das coisas. Elas tentam manter um sentimento de controle através da atenção exagerada a regras, detalhes triviais, procedimentos, listas, horários ou formalidades, busca de possíveis erros, chegando a perder a noção do que é, de fato, o ponto mais importante da atividade.
Estas pessoas não percebem que os outros tendem a ficar muito aborrecidos com as inconveniências que resultam de seu comportamento obsessivo. Quando extraviam uma lista de coisas a fazer, por exemplo, passam um período de tempo incomum procurando-a, ao invés de terem iniciativa de recriar a lista perdida. O grau de exigência dessas pessoas para com os outros, de sua intimidade, é muito alto, tão alto ao ponto de causarem grande sofrimento.                                                              
2.6 - Personalidade Borderline
O transtorno denominado Personalidade Borderline é uma das causas de sofrimento no relacionamento amoroso e deve ser diferenciado do Amor Patológico. O Transtorno de Personalidade Borderline é marcado pela instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos, além de ocorrer acentuada impulsividade, desde a infância.
O diferencial entre Amor Patológico e Transtorno de Personalidade Borderline é que este último apresenta alterações comportamentais sempre em várias situações ou em grande variedade de contextos. No portador de Amor Patológico, por sua vez, estes sintomas ocorrem apenas em relação ao companheiro mediante ameaça de ruptura do laço amoroso. O borderline não sabe e não suporta perdas, notadamente abandonos.
O grande diferencial entre as duas patologias é que o portador de Transtorno de Personalidade Borderline apresenta este quadro em uma variedade de contextos, ou seja, em relação à pessoa amada, havendo pois, normalidade psíquica nas demais áreas da atividade humana.
Transcrevendo nosso texto sobre Borderline, dizemos que “há pessoas, simpáticas e agradáveis aos outros, que se comportam de maneira totalmente diferente com as pessoas de sua intimidade. Para quem não lhes é íntimo, dão a impressão de pessoas compreensivas, carinhosas e muito simpáticas. Na intimidade, entretanto, são os grandes tiranos emocionais. São explosivas, agressivas, intolerantes, irritáveis, com tendência a manipular pessoas.... São pessoas com Transtorno Borderline da Personalidade”.
 
3. - Transtornos no Controle dos Impulsos
São vários os transtornos onde os impulsos não são controlados. Entre essas alterações destaca-se, especialmente, o Jogo Patológico, o Comportamento Sexual Compulsivo, a Dependência Química, o Trabalho Compulsivo (Workahollic), Compras Compulsivas. Enfim estes são quadros onde a atividade voluntária está seriamente comprometida. Não é necessário dizer das condições de sofrimento que comprometem a vida de quem ama pessoas com esses transtornos. 
4. - Delírio de Ciúme ou Ciúme Patológico
Outra situação clínica grave e que deve ser diferenciada do Amor Patológico é um  Ciúme e cuja  ocorre principalmente entre homens com alcoolismo crônico para os quais os eventos triviais são interpretados como provas da "veracidade" da deslealdade.
É difícil a distinção entre o Amor Patológico e o Delírio de Ciúme. Em ambos casos há medo da perda da outra pessoa ou do espaço afetivo ocupado na vida desta, além de correlação com auto-estima rebaixada, conseqüentemente, à sensação de insegurança. No entanto, diferentemente do Amor Patológico, o ciúme patológico aparece como uma preocupação infundada, irracional e irreal.  O delirante geralmente confronta seu cônjuge ou parceiro e tenta intervir na infidelidade imaginada, ora restringindo a autonomia do cônjuge ou parceiro, ora seguindo-o em segredo, investigando o amante imaginário ou agredindo o parceiro.                                                              
5. - Delírio Erotomaníaco
O delírio do Tipo Erotomania, também faz parte dos Transtornos Delirantes Persistentes, e se aplica quando o tema central do delírio diz respeito a ser amado por outra pessoa. O erotomaníaco está convencido que alguém, geralmente sem nenhum vínculo pessoal com o delirante e de posição superior, o ama.
Já no Amor Patológico ocorre uma oscilação entre certeza e incerteza de que o parceiro atual (e concreto) esteja amando-o. O delírio freqüentemente envolve um amor romântico e união espiritual idealizada, ao invés de atração sexual. A pessoa sobre a qual esta convicção delirante é dirigida geralmente está em uma posição social superior, como por exemplo, uma pessoa famosa, um superior no trabalho, algum artista, ator, político, etc.
Algumas das pessoas com o delírio Tipo Erotomaníaco, particularmente os homens, entram em conflito com a lei por causa de seus esforços no sentido de alcançar o objeto de seu delírio, ou seja, o assédio da pessoa que supostamente ama-os, ou as tentativas de “salvar” essas pessoas de algum perigo imaginário.                                                                                                                                      
6. – Transtornos Afetivos
Nesse caso temos os transtornos depressivos e os eufóricos (bipolares). Na depressão, quando aguda e bem definida (começou em uma época definida), a pessoa tem um comportamento apático, desinteressado e, por causa da baixa auto-estima, está sempre insatisfeita com as manifestações de amor que recebe. Considera sempre que não está sendo correspondida o tanto que gostaria, sofre (e faz sofrer) por acreditar que o fato do(a) outro(a) deixá-la ou substituí-la é apenas uma questão de tempo.
Nos casos onde a depressão é crônica e duradoura (Distimia), a característica principal é um constante mau humor, difícil de se conviver.
Na Euforia (contrário de depressão), também conhecida como Mania, a eloqüência, megalomania, desinibição social, agitação, insônia e todos os demais sintomas de expansão patológica do ego tornam a vida a dois insuportável. Resumindo, causa sofrimento amar pessoas cuja tonalidade afetiva proporciona depressão ou euforia.