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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lições de vida para famílias

Lições de vida para famílias
Em seu livro "lições de vida para famílias", Maria Tereza Maldonado enumera diversas sugestões que têm por objetivo auxiliar as pessoas a construir uma família harmoniosa, saudável e feliz.

Entre elas podemos ressaltar as seguintes:

Primeira: escute com atenção antes de falar; tente entender o que a pessoa realmente está dizendo, que pode ser muito diferente do que você acha que ela quer dizer.

Segunda: gentileza e boas maneiras são essenciais para construir um bom convívio familiar.

Terceira: aumente as opções de atividades prazerosas com seus familiares: conversar, brincar e jogar, ver bons filmes, passear.

Quarta: demonstre seu interesse em saber o que seus familiares estão fazendo, experimentando ou descobrindo na vida.

Quinta: para enviar mensagens fortes e eficazes para seus familiares, procure ter coerência entre palavras, gestos e atitudes.

Sexta: se você diz ‘não’ com muita freqüência, aprenda a dizer ‘sim’ com carinho. Se você diz ‘sim’ demais, aprenda a dizer ‘não’ sem culpa.

Sétima: tente criar, junto com seus familiares, maneiras eficazes de simplificar a vida para torná-la mais pacífica e prazerosa.

Oitava: aprender a tolerar frustrações é essencial para desenvolver paciência, compaixão e compreensão.

Nona: cada membro da família precisa descobrir meios eficazes e saudáveis de descarregar as tensões inevitáveis do dia-a-dia sem maltratar os outros.

Décima: os laços de sangue não garantem automaticamente a existência do amor, que precisa ser constantemente criado e bem cuidado ao longo da vida."

A oportunidade de estarmos inseridos em um determinado grupo familiar é uma abençoada oportunidade que nos é oferecida pelo Pai Criador.

Os laços familiares que hoje nos envolvem são aqueles que nos são necessários ao nosso crescimento e desenvolvimento moral e espiritual.

As dificuldades de relacionamentos, tão estranhas e inaceitáveis aos olhos do mundo, podem ter causa em fatos pretéritos que escapam às nossas lembranças.

Os filhos difíceis de hoje podem ser cúmplices ou vítimas de nosso passado equivocado.

Podemos ter sido seus algozes ou aqueles que, pensando agir por amor, possamos ter-lhes desviado do bom caminho.

Encontrarmo-nos hoje nesse grupo familiar não é obra do acaso, nem da desdita.

Em tudo há sempre a mão e a autorização de Deus.

Eis aí uma nova chance de resgate e de reparação.

Aproveitemo-la.

Façamos a parte que nos cabe, nessa nobre tarefa que é viver em família.

Sejamos dignos, honrando os compromissos que assumimos perante Deus e perante os homens, educando os pequeninos e educando a nós próprios.

Vençamos os vícios que ainda azedam nossos dias e infelicitam nossos companheiros de jornada.

Abandonemos a reclamação vazia e inócua.

Superemos a preguiça e a omissão.

Abracemo-nos e unamo-nos em prol desse objetivo tão importante e básico que é viver bem em família, a fim de que possamos conviver do mesmo modo com toda a humanidade. 

Com base no livro Lições de vida para famílias, de Maria Tereza Maldonado.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Exercício para Acabar com a Tristeza

Já percebeu como nos frustramos por esperar demais das pessoas? Taí um erro. Pois é, o que não conseguimos entender é que até os entes mais queridos não têm condições de dar o que queremos ou simplesmente não querem dar, afinal todos são livres para fazer as próprias escolhas. E você aceita isso? Não, né? Ninguém aceita uma recusa…

não espere nada de ninguém! Se vier, ótimo. Se não, siga em frente, sem alimentar o seu lado vítima, o “pobre de mim”.
Quer saber? Como posso me desapontar comigo mesmo, também não espero nada de mim. Viu só? Incorporar certas idéias pode dar aquela leveza de que precisamos na vida.



Agora procure um lugar calmo e leia o trecho abaixo:

“Eu estou aqui, vivo a vida com seus desafios. Eu não sou coitada e nem vítima dessa situação. Eu solto e assumo minha coragem! Assumo minha vontade de ir e a necessidade de elevar meu astral. Eu me alegro por falar o que quero. Por expressar meus sentimentos como são. Sim, eu posso me manter tranqüila, deixando que as pessoas cuidem de seus problemas e assumindo os meus. Eu posso me manter tranqüila não esperando nada de ninguém. Porque decido ter humor e não levar as coisas exageradamente a sério. Eu posso agir seriamente e sorrir sempre. Posso rir e jogar fora mágoas, tristezas e desilusões. Hum, que bom jogar fora as desilusões… Mais do que tudo isso, me aceito. Sou assim. Tenho uma série de defeitos e fraquezas. Mas é o que sou, é o jeito que eu sei fazer. Quero estar bem comigo. Os outros não fazem por mim. Eu me viro e vivo bem. Aconteça o que acontecer, eu me viro e vou arriscar.”



Uma das chaves para sair da tristeza é arriscar. Então vamos lá, arregace as mangas, pise fundo e coloque uma coisa em mente: a gente vai ter sempre que enfrentar algo na vida. Encare-a, portanto, com boa vontade, bom sentimento e o seu melhor. 
Abra-se e viva a vida!!!



Sindrome da Vítima


Síndrome de Vítima


A incapacidade de aceitar o mundo como ele é...


Todo o comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bastante distintos: aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca. Nossa postura na vida depende do modo como estabelecemos essa relação: a relação entre nós e os outros, entre nós e os membros da nossa família, entre nós e outros membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho, entre nós e a realidade externa. A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre essas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima.


O que é a vítima? A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo. Ela consegue ver apenas a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo. Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer. A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as outras pessoas.


Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem. E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é à outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas.


A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar‚ escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, as deficiências da parte que nos cabe. Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas. A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer. Sofrendo de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a idéia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser. Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contato com a realidade. A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.

Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada. Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes.


Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor. Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante. Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais. Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence. A nossa fantasia está em querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes. Todos nós temos parte da responsabilidade naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver. Os problemas da nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel. Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução. Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis. Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora. Generalizamos para não solucionarmos, e como tudo aquilo que nos acontece está vinculado à realidade, todas as vezes que quisermos encontrar desculpas para nós basta olhar a imperfeição externa.


Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia. A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo. Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio. A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros é que não prestam. Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros têm que mudar.


A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas.

A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo. É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas.


Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação. As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer.


Autor doTexto: Antônio Roberto Soares